São Paulo, quinta-feira, 08 de junho de 2006

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Max de Castro mostra hoje ao vivo músicas de disco novo

Compositor, cantor, guitarrista e produtor se apresenta no Sesc Pompéia; seu trabalho "Balanço das Horas" é álbum de múltiplas e variadas influências

RONALDO EVANGELISTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com show de lançamento de seu novo disco, "Balanço das Horas", marcado para hoje à noite no Sesc Pompéia, Max de Castro já estava com a faixa-título do álbum discretamente disponibilizada na internet desde abril, através do site TramaVirtual -ferramenta de divulgação comum entre bandas em começo de carreira. Nesse meio tempo, quem baixou a música deve ter tomado um susto. Levada por guitarras e com influência de um rock moderno, pós-Strokes, "Balanço das Horas", a música, mostrava as novas intenções na sonoridade do compositor, cantor, guitarrista e produtor. Assumindo sintonia com bandas brasileiras como Los Hermanos, Mombojó, Cidadão Instigado e Cansei de Ser Sexy, ele cita como influência bandas do novo rock alternativo como Franz Ferdinand, Artic Monkeys e Bloc Party. "Coisas que eu ouço e que se somam ao resto da minha formação." Mas a grande influência do disco, conta, foi o precursor do funk e da black music Sly & Family Stone, citado até no título da faixa "Sly Stone Is Playing at My House", que aproveita ainda para fazer brincadeira com a banda nova-iorquina LCD SoundSystem e sua "Daft Punk Is Playing at My House". "Esse ecletismo foi uma conquista da nossa geração, porque somos assim", ele explica. "Nós ouvimos Wanderléa, TV on the Radio, Moacir Santos, James Brown e The Mae Shi, e quem faz a programação somos nós. Essa liberdade se reflete diretamente no processo de criação." Realmente, partindo do funk seminal de Sly e da sonoridade do rock à Strokes, "Balanço das Horas", o álbum, passa ainda pelo afrobeat de Fela Kuti, pelo samba-jazz-latino de João Donato, pela elegância quase kitsch de Burt Bacharach, pela candura de Erasmo Carlos nos anos 70 e ocasionalmente pelo balanço de Jorge Ben. Pela primeira vez totalmente autoral e gravado pela mesma banda fixa, o disco é carregado de delicadeza e de um clima intimista. Seria uma despretensão em resposta à superprodução do álbum anterior? "O processo é o mesmo, mas antes o desafio era sobrepor coisas, e aqui é enxugar."


MAX DE CASTRO
Quando: hoje, às 21h
Onde: Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, Pompéia, tel. 0/xx/11/3871-7700)
Quanto: de R$ 5 a R$ 15



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