da Agência Folha, em Florianópolis

Durante o processo de fundição da visita interativa do Museu de Fundição (Joinville, SC), a criança joga a lata de alumínio usada -de refrigerante ou cerveja- dentro do forno, mexe a "sopa" derretida e manipula os moldes após o resfriamento do metal.
A manipulação dos fornos, do metal fundido e dos moldes quentes é feita exclusivamente por funcionários do museu.
"A temperatura de fusão do alumínio é de 750ºC. Portanto, o item segurança é o principal. Em nenhum momento, a criança corre risco", afirma a professora Maria Aparecida Borguetti Zafalon, coordenadora do museu.
Para entrar na fundição, as crianças têm de vestir um equipamento de segurança, que contém óculos de proteção, luvas e capacete. A visita começa no meio do acervo do museu, na mesa de molde antiga.
Em uma velha mesa de fundidor, a criança aprende que o metal será derramado dentro de um molde oco, com o formato da escultura, como uma forma de pudim ou de fazer gelo.
A diferença é que o molde é fechado, a partir de duas metades simétricas, feito um coco.
Pedras coloridas
Antes de partir para a fundição, o visitante conhece a sala de mineralogia e rochas.
Na visita monitorada, todas as vitrines são abertas e a criança pode manusear cada uma das dezenas de pedras coloridas.
Na fundição, após o forno ter sido aceso, fazendo-se um "caldo" de peças maiores de alumínio, cada visitante contribui com suas latas de alumínio. Todos podem mexer, usando uma espécie de colher grande.
Depois, um funcionário vira o metal derretido dentro dos moldes, onde o alumínio toma a forma da escultura. Depois de resfriados, os moldes são abertos para a retirada das peças.
A visita termina com o polimento da escultura, que é levada pelo participante para casa. "As crianças participam, perguntam. É um interesse impressionante", afirma a coordenadora.
"Além de manter viva a história da fundição, a visita prova que o museu não é um lugar de velharias, e sim de idéias."



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