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Osesp abre hoje à noite o Festival de Campos do Jordão
Regida pelo maestro John Neschling, a orquestra executa a "Sinfonia nº 5" do compositor russo Dmitri Chostakovitch
Evento receberá os brasileiros Nelson Freire e Antonio Meneses e o Quinteto de Sopros da Filarmônica de Berlim
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Tendo Mozart e a música
russa como temas, o 37º Festival Internacional de Inverno de
Campos do Jordão começa hoje com a Orquestra Sinfônica
do Estado de São Paulo, regida
por John Neschling.
Com direção artística de Roberto Minczuk, o evento vai até
o dia 30, trazendo alguns dos
principais astros brasileiros
com destaque no cenário erudito internacional, como o pianista Nelson Freire e o violoncelista Antonio Meneses. As
atrações estrangeiras incluem
o Quarteto Borodin, o Quinteto
de Sopros da Filarmônica de
Berlim e German Brass.
No concerto de hoje, a Osesp
repete o programa feito nesta
semana na Sala São Paulo, que
celebra o centenário de nascimento do compositor russo
Dmitri Chostakovitch, com
uma leitura vigorosa de sua
"Sinfonia nº 5", e inclui ainda a
"Passacalha para o Novo Milênio", feita em 1999, sob encomenda da orquestra, pelo catarinense Edino Krieger, 78, que
é o compositor residente do
festival neste ano.
Na noite de quinta, recebeu
grande ovação do público a estréia mundial da neoclássica
"Suíte de Danças Reais e Imaginárias", de André Mehmari.
Escrita especialmente para o
Concurso Internacional de Regência que a Osesp realizou no
começo do ano, sua suíte tem
como princípio unificador um
tema de "The Fairy Queen", do
compositor barroco britânico
Henry Purcell (1659-1695),
com o qual dialogam as danças
que vêm a seguir. Três delas
-"Trégua", "Catala" e "Espera"- têm como inspiração o
realismo fantástico do livro
"Histórias de Cronópios e de
Famas", de Julio Cortázar
(1914-1984). "Sillywalking" está baseada em esquete homônimo do grupo humorístico britânico Monty Python, enquanto
"Maracastrava" cruza a intrincada rítmica stravinskiana com
o maracatu brasileiro.
Anteontem, Neschling e a
Osesp conseguiram dar conta
dos difíceis ritmos de Mehmari,
colocando em relevo os inteligentes achados da orquestração do compositor. Outra boa
surpresa, que será repetida hoje, foi o "Concerto nº 4 para
Piano e Orquestra", do tcheco
Bohuslav Martinu (1890-1959).
OSESP
Quando: hoje, às 21h
Onde: auditório Cláudio Santoro
(av. Arrobas Martins, 1.800, Campos, tel. 0/xx/12/3662-2334)
Quanto: R$ 80
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