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São Paulo, sexta-feira, 08 de agosto de 2003

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Beba do samba

Divulgação
Paulinho da Viola (à esq.) e o sambista Monarco, em cena do filme "Paulinho da Viola - Meu Tempo É Hoje", que estréia hoje



Paulinho da Viola é tema de filme que aborda sua obra musical a partir da relação com o tempo presente


SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL

Convidado a ser tema de um filme, o cantor, compositor, violonista e portelense inveterado Paulinho da Viola, 60, titubeou. "Não sabia se teria algo a dizer."
Conversa vai, conversa vem com o roteirista Zuenir Ventura e com a diretora Izabel Jaguaribe -autores da proposta-, o sambista confidenciou uma incapacidade sua: desconhece o que seja sentir saudade.
A dupla de documentaristas teve a certeza de que "o tempo próprio de Paulinho" era uma peculiaridade mais do que suficiente para justificar horas e horas de depoimentos do sambista e de sua família (e encontros musicais com amigos artistas) filmados e editados no documentário "Paulinho da Viola - Meu Tempo É Hoje", que estréia hoje.
"Através desse item do tempo, fomos tecendo o caminho por onde ia passear o documentário e descobrindo várias facetas. Surgiu o Paulinho marceneiro [interesse que carrega desde a infância], o que joga sinuca [semanalmente], o que conserta carros [um mesmo automóvel, durante décadas]", diz Jaguaribe.
Entrevistador do "personagem" do filme, Ventura concluiu que "na obra de Paulinho o tempo está sempre presente. Às vezes, de maneira muito mais sofisticada do que aparenta, porque ele tem uma simplicidade enganosa".
O sambista aprovou a idéia de um filme "enfatizado na relação com o tempo, e não em questões mais pessoais, os dramas íntimos que todos temos". Embora ache que esses também estejam "insinuados, mas não revelados".


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