São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2010

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Outro Canal

por AUDREY FURLANETO andrea.michael@grupofolha.com.br

"Me sinto comparada a uma mulher fruta", diz Balabanian

Alex Carvalho/ TV Globo


Para um noveleiro é inevitável esperar que Gemma, a italiana vivida por Aracy Balabanian, vire a qualquer momento em "Passione" e passe a dizer: "Eu vou derrubar esse prédio "na chon'!".
O bordão, da inesquecível Dona Armênia que Aracy interpretou em "Rainha da Sucata" (1990), é histórico na TV muito antes dos tempos de samba do sotaque doido nas novelas (em poucos anos, Tony Ramos, por exemplo, passou do grego e do indiano ao italiano).
Aos 70 anos, Aracy diz que é de "uma geração que ainda busca conteúdo" e que nada, nem mesmo o sotaque "italiano-abrasileirado" da novela global, é gratuito.
"Hoje, vejo que se tenta melhorar, melhorar, melhorar, e tudo ficou tecnicamente melhor. É HD, luz, equipamento, mas a televisão sofreu um empobrecimento", avalia ela, que começou a fazer teatro em 1963 e, em 1966, começou a trabalhar na TV.
É pela mudança de perfil do veículo e da cultura, diz ela, que ficou ainda mais difícil viver sobre esse "fio de navalha que é ser conhecido". "Eu me sinto comparada a uma mulher fruta", afirma. "É verdade! A gente é tão conhecida quanto uma Mulher Melancia! A TV se esvaziou."

"Era absolutamente feminina e intensa. Tem muito a ver com meu temperamento"
sobre Maria Faz-Favor, de "Coração Alado" (1980)

"Mãezona, tinha o sotaque como marca. Dizia "as minhas filhinhas" para os filhos homens"
sobre Dona Armênia,
de "Rainha da Sucata"

(1990)

"Tudo ficou tecnicamente melhor, mas a televisão sofreu um empobrecimento. É difícil viver nesse fio de navalha que é ser conhecido. A gente é tão conhecida quanto uma Mulher Melancia! A TV se esvaziou"
ARACY BALABANIAN,
atriz

"Diziam dela na novela: "Filomena não é má, Filomena é justa". Era uma mulher fina e muito dura"
sobre Filomena,
de "A Próxima Vítima" (1995)

"Era uma perua doida. Eu tinha vontade de rir, e o [diretor] Daniel Filho disse: "Ria""
sobre Cassandra,
de "Sai de Baixo" (1996 a 2002)


"Não cospe em mim. Sério, por favor"
MAISA SILVA
apresentadora (de 8 anos) para Silvio Santos no palco do programa dele, no último domingo, no SBT

Ácido Do cantor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, em documentário que o Biography Channel exibe no dia 15: "Fui para Londres por causa de Beatles e Rolling Stones e lá eu desbaratinei, como se dizia na época, tomei cento e tantos ácidos".

Flanela Gil continua: "E das chamadas drogas, a que me acompanhou até recentemente foi a maconha. Ela era uma espécie de flanela na lente sentimental e musical. Toda vez que fumava, desembaraçava alguma coisa".

A casa é nossa Fiuk, fenômeno teen, vai receber o pai, Fábio Jr., ex-fenômeno feminino, no quadro "Jogo da Verdade", que apresenta no "Fantástico", na Globo.

Quase lá 1 A média anual de audiência na Globo, que não passa da casa dos 20 pontos há pelo menos dois anos, é motivo de esperanças para a emissora em 2010.

Quase lá 2 Até agora, a média parcial emissora já é de 19 pontos. Em 2009, a média do ano foi de 19,7 pontos. Em 2008, foi de 19,2.



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