São Paulo, quinta-feira, 08 de setembro de 2011

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Fogo destrói teatro Villa-Lobos, um dos principais do Rio

Incêndio começou no final da noite de anteontem; prédio pode ter de ser demolido

RODRIGO RÖTZSCH

DO RIO

O teatro Villa-Lobos, um dos mais importantes do Rio, foi totalmente destruído por um incêndio que começou no final da noite de anteontem.
Não houve feridos, já que o teatro, situado em Copacabana (zona sul), estava fechado para reforma e nenhuma equipe trabalhava no local.
O fogo só foi controlado no início da manhã de ontem, já que, por causa da reforma, havia bastante material inflamável no teatro. Participaram do combate às chamas 38 bombeiros de cinco quartéis.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as estruturas do prédio, de quatro andares, foram abaladas, e a edificação pode ter que ser demolida.
Não foi descoberto o que causou o fogo. Mas a suspeita é que tenha sido causado por explosões na caixa de transformadores que fica no terceiro andar. Um vigilante relatou ter ouvido três estouros por volta das 23h, antes do início do incêndio.
Em abril, o teatro já tinha sofrido um princípio de incêndio, originado na sala de máquinas.
O Villa-Lobos, pertencente à rede estadual, estava em reforma desde dezembro, e o governo do Estado já havia investido R$ 1,58 milhão na obra. A reinauguração estava prevista para março de 2012.
Além do próprio teatro, com capacidade para 463 lugares, o prédio abrigava as salas Monteiro Lobato e Arnaldo Niskier. Era definido pela Secretaria de Cultura como "um dos mais modernos e confortáveis teatros do Rio".
Inaugurado em março de 1979, o Villa-Lobos teve na estreia a peça "Pato com Laranja", protagonizada por Marília Pêra e Paulo Autran (1922-2007). Recebeu ainda clássicos como "Ligações Perigosas", "Ópera do Malandro", "Mary Stuart" e "Macbeth".
O prédio passará agora por avaliações de engenharia para que seu destino seja definido.
"Ainda é cedo para fazermos uma avaliação. O palco já estava reformado, mas a parte onde fica a plateia estava sem revestimento e sem as poltronas", afirmou a secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes.


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