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Jim Rose
o insano
o bizarro
o insólito
Divulgação
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Rose (à dir.) e o elenco do circo que trará ao Brasil em dezembro, sem datas a locais definidos
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Chega ao Brasil em dezembro o circo mais esquisito do planeta;
em entrevista exclusiva, o líder do show de horrores conta o que trará ao país
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LEANDRO FORTINO
da Reportagem Local
"Queremos juntar os "greatest
hits' da insanidade." É o objetivo
do americano excêntrico Jim Rose,
45, que nos últimos dez anos tem
rodado o mundo com o seu "Jim
Rose Sideshow Circus".
Ele e sua turma desembarcam no
Brasil em dezembro para algumas
apresentações em São Paulo e no
Rio, sem datas e locais definidos.
Em entrevista exclusiva à Folha,
Rose, uma das figuras mais pops
do showbiz americano, falou sobre
a sua participação no seriado "Arquivo X" e sobre o que pretende
mostrar no Brasil: mulheres lutadoras de sumô, homens levantando objetos pesados com diferentes
partes do corpo e travestis lutadores mexicanos, por exemplo.
"Não nos levamos a sério, portanto ninguém deveria nos levar",
explica Rose.
Folha - Você está sentado em
uma cadeira de pregos?
Jim Rose - (Risos) Não, eu estou
de pé sobre brasas.
Folha - Como serão as apresentações no Brasil?
Rose - Tentamos fazer cada show
diferente. Mudamos muito o show
porque há muitas coisas diferentes
que sabemos fazer e muitas vezes
as pessoas voltam e não querem
ver a mesma coisa. Como nunca
estive na América do Sul, vou tentar levar um show do tipo "greatest
hits" dos nossos dez anos.
Folha - Há um momento em que
o engolidor de espadas inspira pelo nariz uma mistura nojenta e depois a regurgita. Você trará isso?
Rose - Nós sempre fazemos essa
apresentação, mas depende de como as pessoas reagem. Mudamos a
apresentação de acordo com a platéia. Meu objetivo é mostrar coisas
mais visuais. Hoje, em meu show,
há muita comédia, mas no Brasil
será uma comédia visual.
Folha - Como você começou?
Rose - Comecei ao lado de minha
mulher, a Bébé. Ela é francesa e
vem de uma família de artistas de
circo. Eu a conheci há 12 anos em
um dos meus shows, em Washington. Ela me contou coisas que poderia fazer. Pensei: "Uau!".
Folha - Por que você teve a idéia
de fazer um show assim?
Rose - Nasci no Oregon, mas
cresci em Phoenix, no Arizona.
Quando era criança, trabalhava
como vendedor de refrigerantes e
tive a oportunidade de assistir a
peças de teatro, shows de aberrações, circo tradicional, caminhões-
monstro, luta livre profissional...
Essas coisas entraram em mim e
desapareceram por 20 anos.
Folha - Alguém já se machucou?
Rose - Claro que sim, mas fazemos 250 shows por ano e tivemos
um ou dois acidentes, menos do
que qualquer balé.
Folha - Você já recusou alguém?
Rose - Não gosto de mutilação,
não gosto de sangue e não gosto de
pessoas que correm riscos desnecessários. Estive recentemente na
África do Sul, onde havia um cara
que ficava com os olhos abertos
enquanto as pessoas jogavam coisas neles. Se ele usasse alguma lente de contato protetora poderia fazer a apresentação em meu show,
mas ele não usava, não respeitava o
seu corpo. Eu coloco meu rosto sobre vidros quebrados e peço para
as pessoas subirem em minha cabeça. Se eu sair sangrando, não serei diferente de você.
Folha - Você acha que hoje é difícil ser bizarro, já que tantas pessoas usam piercings e tatuagens?
Rose - Nós começamos isso há
dez anos, mas não nos importamos com a modificação corporal.
Todos são bem-vindos, mas esse
tipo de coisa não é o que vale. Nosso show é divertido por causa das
atrações circenses.
Folha - Como você aprendeu a fazer esses truques?
Rose - Com muitas das pessoas
com quem trabalho, como a Bébé,
que solta fogo pela vagina. Ela
aprendeu com sua mãe. Há segredos de família que são passados.
Há pessoas que sabem fazer truques mas não têm ninguém em
suas famílias para quem passar as
habilidades, ou então ninguém
quer continuar a fazê-los. Procuro
por esse tipo de informação.
Folha - Como aconteceu a participação no episódio de "Arquivo X"?
Rose - Eles conseguiram uma cópia de meu vídeo e me convidaram. Há três meses encontrei-me
novamente com David (Duchovny), Gillian (Anderson) e
Chris (Carter), e planejamos um
novo episódio. Também participei
do episódio de "Os Simpsons", em
que o Homer vai a um festival para
ser o homem que segura uma bola
de canhão com a barriga.
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