|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CINEMA
Júri consagra a estréia de Sérgio Machado; público prefere João Falcão
Rio premia "Cidade Baixa" e "Máquina"
DA REPORTAGEM LOCAL
A tão almejada pulverização da
distribuição de verbas no cinema
brasileiro encontrou ecos anteontem à noite na cerimônia de premiação do Festival do Rio, no Cine Odeon BR.
O estreante Sérgio Machado levou o prêmio de melhor filme do
júri oficial com o seu "Cidade Baixa", longa produzido pela Videofilmes, de Walter Salles. O filme
do diretor baiano também faturou o troféu de melhor atriz para
Alice Braga, sobrinha de Sônia
Braga, que vive uma prostituta
disputada por dois amigos de infância, interpretados pela inseparável dupla Lázaro Ramos e Wagner Moura.
O júri, presidido por Marco
Müller e composto pela diretora
Katia Lund, a roteirista Elena Soárez e o ator Milton Gonçalves, deu
a Beto Brant o prêmio de melhor
diretor por "Crime Delicado", filme que surpreendeu o público do
festival pela sua experimentação.
Brant já havia sido premiado pelo
filme no Festival de Gramado.
"Cinema, Aspirina e Urubus",
do também estreante Marcelo
Gomes, levou o prêmio especial
do júri, sendo ovacionado pela
platéia. O filme do cineasta pernambucano também ficou com o
prêmio de melhor ator para o
baiano João Miguel.
Entre os documentários, foram
premiados "500 Almas", de Joel
Pizzini (pelo júri oficial), e "Do
Luto à Luta", de Evaldo Mocarzel
(pelo júri popular).
O prêmio de melhor filme do júri popular foi para "A Máquina",
de João Falcão. "Árido Movie", de
Lírio Ferreira, cuja première teve
uma recepção morna da platéia,
não recebeu nenhum prêmio.
Os escolhidos pelo público também recebem prêmios em dinheiro: R$ 20 mil para o melhor longa
de ficção e R$ 5.000 para o melhor
documentário, concedidos pela
rede Cinemark. A Globo Filmes
também deu R$ 100 mil em mídia
para "Do Luto à Luta".
A Federação Internacional de
Imprensa (Fipresci) deu o prêmio
de melhor filme latino-americano
para "Batalha no Céu", do mexicano Carlos Reygadas ("Japão"), e
um troféu especial a "Crime Delicado", de Beto Brant.
Entre os curtas, o público votou
em "Historietas Assombradas
(Para Crianças Malcriadas)", de
Victor Hugo Borges. Já o júri ficou
com "Curupira", de Fábio Mendonça e Guilherme Ramalho.
O público do Festival do Rio
deste ano foi estimado em mais de
230 mil pessoas.
Repescagem
Até o dia 13, acontece a tradicional "repescagem", com reprise
dos filmes mais procurados, como "2046", de Wong Kar-wai, "O
Mundo", de Jia Zhang-ke, "Escola
do Riso", de Mamuro Hosi, "Uma
Mulher contra Hitler", de Marc
Rothemund, e "Café Lumière", de
Hou Hsiao Hsien. As sessões
acontecem apenas no Odeon BR,
na Cinelândia.
Texto Anterior: Memória: Tereza Albues era dona de uma verdade assustadora Próximo Texto: Panorâmica - Música: Polícia interrompe show dos Rolling Stones nos EUA Índice
|