São Paulo, sábado, 08 de outubro de 2011 |
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CRÍTICA LIVRO Coletânea registra a quente amadurecimento literário do autor DO EDITOR DA ILUSTRÍSSIMA A editora Azougue, na série Encontros, constituiu, em quase 35 volumes, uma notável documentação da cultura nas últimas décadas. São livros dedicados a nomes centrais da cultura brasileira, do poeta Vinicius de Moraes ao tradutor Boris Schnaiderman, muitos deles em textos de difícil acesso. Juntar Chico Buarque a eles daria samba, e dos bons. É verdade que o clima dos tempos da ditadura dá ares de "déjà-vu" a algumas entrevistas, como a concedida ao "Pasquim" em 75 ou ao "O Bondinho", mais rara, de 71. O mesmo acontece com a conversa de Mário Prata com "Julinho da Adelaide" ("Última Hora", 1975), pseudônimo criado pelo compositor para burlar a censura. Bastante conhecida, foi uma das mais ousadas iniciativas culturais contra a ditadura. O grande valor do livro está no registro da conversão de Chico em ficcionista de primeira linha, como na entrevista para a revista "Nossa América" (1992), um ano após lançar o romance "Estorvo". Nada substitui a leitura de textos que captam a quente seu amadurecimento literário nos anos 1990 e 2000. Faltam, porém, entrevistas fundamentais, como a concedida a Fernando de Barros e Silva na Folha, em que Chico especula sobre o "fim da canção", citada nos debates sobre o assunto. (PW) AVALIAÇÃO bom Texto Anterior: Assessor diz que Chico achou livro 'deprimente' Próximo Texto: Antes de se mudar, MAC tenta exibir acervo Índice | Comunicar Erros |
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