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Projeto pedia renovação na arte
da Redação
A exposição Antarctica Artes
com a Folha reuniu paralelamente
à última Bienal trabalhos de jovens
artistas brasileiros escolhidos por
um grupo de curadores especialmente convidados para participar
do evento.
O então editor-executivo da Folha, Matinas Suzuki Jr., hoje no
Grupo Abril, foi um dos idealizadores e realizadores do projeto, sobre o qual fala a seguir.
Folha - Como nasceu a idéia do
projeto Antarctica Artes com a Folha?
Matinas Suzuki Jr. - A Folha tinha a idéia de realizar um grande
evento de cultura jovem brasileira
em São Paulo. A idéia era trazer
para cá a novíssima geração do
teatro, do cinema, do vídeo, das artes, da música etc. Era um projeto
ambicioso e caro, para o qual teríamos que procurar patrocinadores.
Quando o Nizan Guanaes e a
agência DM9 nos procuraram para
realizar um evento conjunto com a
Antarctica em São Paulo, nós apresentamos a idéia. Por questões de
custo e de dificuldades de produção de um evento mais geral, nós
fechamos o projeto nas artes visuais, incluindo a fotografia e a
computação gráfica.
O foco em uma modalidade acabou se revelando muito bom, pois
foi possível formatar, junto com os
escritórios da Bia Aydar e da Isabella Prata, a idéia de uma curadoria
que fizesse uma mapeamento da
produção emergente no Brasil, na
minha opinião a grande contribuição do projeto.
Folha - Como você avalia a repercussão daquela mostra?
Suzuki Jr. - As pessoas costumam
avaliar o Antarctica Artes com a
Folha sob o aspecto geracional,
que ele seria uma espécie de reativação de projetos como o Geração
80 etc. Por um lado, isso é verdade,
mas o nosso evento tinha um diferencial que era justamente o mapeamento da produção brasileira.
Nossos curadores vararam o
Brasil atrás de talentos, o que dá
uma característica diferente para o
projeto. A repercussão, para mim,
foi maior do que a esperada: a crítica estrangeira que veio para a última Bienal, em peso, destacou a importância do evento.
O fato de termos convidado curadores de mostras jovens fora do
Brasil para participar do júri também ajudou na divulgação internacional do evento. Mas o mais
importante foi poder ver a consolidação muito rápida de alguns nomes que surgiram com o Antarctica Artes com a Folha.
Folha - O que você achou do lançamento do livro?
Suzuki Jr. - É importante, porque
ficamos devendo um catálogo do
evento. Que ele tenha saído agora,
afinal de contas, acabou sendo interessante, pois chega no clima da
Bienal.
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