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PRÊMIO
Edgar Moura foi indicado pelo trabalho em "Jaime"
Diretor de fotografia brasileiro concorre ao "Oscar" europeu
AMIR LABAKI
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS
O diretor de fotografia brasileiro Edgar Moura, 52, foi indicado
ontem ao European Film Award
(o "Oscar" europeu) por seu trabalho no filme "Jaime", uma co-produção envolvendo Portugal,
Luxemburgo e o Brasil dirigida
por Antônio Pedro Vasconcellos.
Informado da indicação por telefone pela Folha, Moura, no Rio,
considerou-a "genial".
Organizado pela Academia Européia de Cinema, o ex-Prêmio
Félix será entregue em Paris em 2
de dezembro próximo.
Entre os concorrentes de Moura
destaca-se o italiano Vittorio Storaro, pela fotografia de "Goya en
Burdeos", do espanhol Carlos
Saura.
"Jaime", explica Moura, "é uma
espécie de "Pixote" português.
Trata de uma criança que começa
a trabalhar, pois o pai está desempregado".
Co-produzido pela Videofilmes
dos irmãos Salles, "Jaime" foi integralmente rodado no Porto. Do
Brasil, lembra Moura, "tinha um
ator, o Guilherme Leme, e eu".
"Jaime" recebeu o Prêmio Especial do Júri do recente Festival de
San Sebastian. Segundo Moura, o
filme ainda não tem distribuição
assegurada no Brasil. "A Videofilmes está tentando."
A vinculação de Moura com o
cinema europeu origina-se com
sua formação no Instituto Nacional Superior de Artes do Espetáculo de Bruxelas, em 1969.
Seu primeiro trabalho para cinema no Brasil foi "A Queda"
(1976), de Ruy Guerra e Nélson
Xavier. Seu extenso currículo inclui "A Hora da Estrela", de Suzana Amaral, e "Tieta", de Carlos
Diegues. Nos últimos anos, Moura tem mantido intensa atividade
no cinema português.
Depois de "Jaime", ainda em
Portugal, Edgar Moura dirigiu a
fotografia de um drama político,
por enquanto inédito. É "Camarati", no qual o diretor Luis Felipe
Rocha relembra a polêmica em
torno do desastre aéreo que há 20
anos vitimou o primeiro-ministro português Sá Carneiro.
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