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Dance-rock une Rapture e Datarock
As duas bandas, de gerações distintas, usam suas guitarras para compor músicas que têm apelo nas pistas de dança
Os dois grupos estão escalados para o festival Planeta Terra, que acontece em SP neste sábado e traz ainda Lily Allen, Devo e outros
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Um surgiu há seis anos como
um dos principais responsáveis
pelo disco-punk. O outro apareceu há pouco como um dos
principais responsáveis pela
new rave. Dois termos distintos
que, basicamente, buscam o
mesmo objetivo: fazer dançar
por meio do rock e do pop. E
ambas se apresentam em São
Paulo nesta semana.
Rapture (a do disco-punk) e
Datarock (new rave) estão entre as atrações do festival Planeta Terra, que acontece neste
sábado, a partir das 17h30, na
chamada Villa dos Galpões. No local, serão
montados três palcos, em que
tocarão também Lily Allen, Devo, Kasabian, Cansei de Ser
Sexy, o produtor francês de
electro Vitalic, entre outros.
Com o hit "House of Jealous
Lovers" (que ganhou inúmeros
remixes), o Rapture esteve onipresente nas pistas de clubes
do mundo todo em 2002. A música puxou o disco "Echoes"
(2003), que trazia ainda outras
faixas dançantes como "Olio",
"Sister Saviour" e "I Need Your
Love". Naquele ano, tocaram
no Tim Festival, no Rio.
A volta ao Brasil traz a banda
com o segundo álbum, "Pieces
of the People We Love" (2006).
Disco com ainda mais elementos eletrônicos, que foi produzido por gente como Danger
Mouse (Gorillaz; Gnarls Barkley) e o inglês Ewan Pearson.
Mas o que é o Rapture? Uma
banda de rock and roll ou uma
banda de dance music?
"A dance music tem um papel central no que fazemos,
muito mais do que para outras
bandas", conta à Folha o vocalista Luke Jenner. "Nos shows,
queremos que as pessoas dancem. Se não dançarem, é porque o show não foi bom. Nesse
sentido, somos uma banda
dance. Mas adoro Van Halen,
Led Zeppelin, e não sei se você
as considera bandas dançantes.
Para mim, tem mais a ver com
fazer as pessoas se mexerem."
Nos shows do Rapture, o baixo aparece ainda mais grooveado, a percussão é mais incisiva
e a guitarra chega ainda mais
gritada. O formato ganhou o
nome disco-punk.
"Vejo isso como uma evolução da dance music, que estava
muito chata. Precisava de algo
novo, e esse algo foram bandas
tocando ao vivo. Conheço gente da dance music que está entediada de fazer música com
laptop. Quando James Brown
começou, aquilo era dance music, e era feito com uma banda
ao vivo. Depois vieram a disco
music, acid house...Estamos
voltando a tempos antigos."
Tempos antigos são revisitados também pelo Datarock.
Aqui, é o pop e o rock do final
dos 80/início dos anos 90 (New
Order; Happy Mondays).
O Datarock é uma dupla
(Fredrik Saroea e Ketil Mosnes) norueguesa que, ao vivo,
ganha a adição de outros músicos. No Brasil, a banda terá ao
todo quatro pessoas no palco.
A dupla ficou conhecida há
dois anos com o electro-pop
"Computer Camp Love". E eles
têm "Fa-Fa-Fa", que esteve em
comerciais de televisão e os fez
serem colocados junto com
Klaxons no guarda-chuva new
rave. "Quando o termo foi criado, já tínhamos feito mais de
2.000 shows", diz Saroea. "Mas
é legal, porque deu notoriedade
a bandas do mundo todo."
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