São Paulo, domingo, 09 de março de 2008

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"Cocoricó" vai virar peça de teatro

Bem-sucedido programa infantil da Cultura migra para palco do Frei Caneca; na TV, Júlio visita a cidade em nova temporada

Ambientada na fazenda, a atração se volta a questões urbanas e à tecnologia, com o cuidado para não tornar "rivais" campo e metrópole

LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Júlio está animado com as novidades. O "Cocoricó", que protagoniza na Cultura, vai virar peça de teatro. Na TV, em novas temporadas, o garoto, que mora na fazenda com as amigas galinhas e outros bichos, visita o primo da cidade.
O programa de bonecos é um dos maiores fenômenos brasileiros entre o público infantil e tem vasta lista de produtos licenciados. Diante disso, não foram poucos os convites que Fernando Gomes, diretor e manipulador do Júlio, recebeu para levar "Cocoricó" aos palcos.
Mas era preciso amadurecer o projeto, diz, para que as crianças não passassem pela mesma decepção que ele costumava sofrer na infância: "Eu me lembro de ver personagens e perceber que não eram os "de verdade", mas pessoas fantasiadas".
Por isso, não daria para simplesmente criar um boneco enorme para vestir uma pessoa. "Iria ficar desproporcional, muito maior do que o Júlio parece na TV". Gomes conta que a solução será que os manipuladores (os mesmos da TV) fiquem por trás dos bonecos, movimentando-se com eles pelo palco. Estarão vestidos de preto, com máscara, para serem confundidos com o cenário. A estréia é prevista para agosto, no teatro Frei Caneca.

Novas temporadas
O "Cocoricó" terá neste ano duas novas temporadas, de 26 episódios cada uma. Na primeira, João, o primo de Júlio da cidade, irá visitá-lo na fazenda. Na segunda, é Júlio quem vai à a metrópole, acompanhado das galinhas e do cavalo Alípio -os bichos vão andar de elevador e se hospedar em apartamento.
Nesse contexto, a tecnologia será um dos temas abordados. João e Júlio irão se comunicar pela internet, com uma webcam. "Nosso cuidado é mostrar os dois lados do campo e da cidade, para que não sejam vistos como "rivais'", afirma Gomes.

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