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Crítica
"A Firma" reflete sobre capitalismo neoliberal
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"A Firma" (FX, 13h) relata a
aventura de um jovem e talentoso advogado que recebe proposta de trabalho de um poderoso escritório e a aceita, naturalmente, apenas para descobrir mais tarde que caiu numa
terrível armadilha.
O que leva o jovem, Tom
Cruise, a cair numa esparrela
como essa? Este filme de 1993
talvez seja o melhor de Sydney
Pollack em muitos anos, embora não seja uma obra-prima. É,
no entanto, extremamente instrutivo sobre certos tipos de
comportamento característicos do estágio neoliberal do capitalismo.
Existe ali não apenas a justificável ambição de um jovem e
promissor advogado. Existe,
sobretudo, a necessidade de,
em pouco tempo, destacar-se,
sair da vala comum, fazer fortuna. E seu oposto: a maneira
como, estando cego a tudo o
mais, ele se torna manipulável
pela firma pouco escrupulosa.
O filme seria mais útil em programas de treinamento do que,
digamos, "Tropa de Elite" -ao
menos serviria de alerta ao
funcionário.
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