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Restos do casal vão para mausoléu na ABL
da Sucursal do Rio
No próximo dia 21, os restos
mortais de Carolina e Machado de
Assis serão removidos do jazigo da
família e transferidos para o mausoléu da ABL (Academia Brasileira
de Letras), instituição fundada pelo escritor.
Quando Machado morreu, em
1908 -quatro anos depois da mulher-, o mausoléu (no cemitério
São João Batista, em Botafogo) ainda não havia sido construído.
Há 15 anos, de acordo com Ruth
Leitão de Carvalho Lima, a ABL fez
a primeira tentativa de remover os
restos mortais de seu fundador para o mausoléu. Seus herdeiros negaram a autorização.
"Eles só queriam transferir tio
Machado e deixar tia Carolina. Na
época não havia mulheres na academia, e por isso não queriam levá-la. Minha mãe sempre nos contou sobre o amor dos dois e sobre
como foram felizes juntos. Não
achei justo separá-los. Agora foi
feita a proposta de levar os dois.
Por isso concordamos", diz a sobrinha-neta.
Os herdeiros de Machado e Carolina já haviam doado para a ABL a
biblioteca do escritor e algumas
peças de mobiliário que ainda estavam em seu poder.
(CG)
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