São Paulo, segunda-feira, 09 de maio de 2011 |
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CRÍTICA SOUL Longe da sombra de Amy Winehouse, Adele revigora gênero mais uma vez CARLOS MESSIAS DO "AGORA" Quando lançou "19", seu disco de estreia, em 2008, a cantora e compositora inglesa Adele foi considerada "a próxima Amy Winehouse", dado seu timbre peculiar e suas influências de soul. Agora com "21", seu segundo álbum, ela prova que não só é artisticamente superior à autora de "Rehab", como que é capaz de causar frisson sem se envolver em escândalos midiáticos. Adele emplacou dois álbuns e dois singles, simultaneamente, no Top 5 do Reino Unido, façanha que nenhum artista realizou em vida desde os Beatles, em 1964. Favorecida pela corpulência, a londrina de 23 anos tem um vozeirão potente e tecnicamente impecável. No disco, entonações do soul, arranjos folk e climas do blues dialogam com o pop atual. "Rolling in the Deep", o primeiro single, tem levada percussiva ao piano e vocais de apoio à la Supremes. A sonoridade marcante do álbum, que oscila entre ruídos estratégicos e uma pureza cristalina, pode ser atribuída ao equilibrado time de produtores -o conservador Rick Rubin (Johnny Cash) e o descolado Paul Epworth (Cee-Lo Green), entre outros. Em "Turning Tables" e "Don't You Remember", ela se arrisca tanto na emoção que por pouco não fica piegas. O que não deixa de ser positivo. Afinal, é a ousadia que diferencia um artista com referências de um artista referente. E Adele não só tem munição, como sabe exatamente em que direção atirar. 21 ARTISTA Adele LANÇAMENTO Sony Music QUANTO R$ 24,90 AVALIAÇÃO ótimo Texto Anterior: As novas cantoras antigas Próximo Texto: Recife desloca eixo criativo para Nordeste Índice | Comunicar Erros |
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