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TECNOLOGIA
Mercado e política também foram abordados
Debate questiona cibercultura e transformações filosóficas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Folha e a Universidade Anhembi
Morumbi promoveram na quarta-feira, dia 31 de maio,
no auditório da Folha, o debate "Cibercultura: Internet e Transformações Culturais",
que contou com a participação de
Pierre Lévy, sociólogo e professor
da Universidade de Québec (Canadá); Rogério da Costa, professor de pós-graduação em comunicação e semiótica da PUC-SP; e
José Teixeira Coelho Netto, diretor do MAC-USP.
A proposta do encontro foi discutir as transformações filosóficas
e as novas formas de relacionamento advindas com as tecnologias propostas pela Internet, ou
seja, a cibercultura.
Lévy foi bastante generoso com
as novas tecnologias, ao afirmar
que os grandes debates planetários acontecem hoje na rede, mas
a partir de iniciativas pessoais, e
não dos governos. Segundo ele,
isso não garantirá, porém, uma
democracia participativa, mas fará com que as decisões políticas,
econômicas e jurídicas sejam
mais transparentes. "Esse é o futuro da política. Os políticos serão
nossos servidores e deverão prestar conta de seus atos", disse.
Mais cético, Teixeira Coelho disse: "A longo prazo, as declarações de Lévy são generosas, mas, a
longo prazo, todos estaremos
mortos", referindo-se ao fato de a
cibercultura mover-se em direção
a um mercado globalizado e final.
"No Brasil, vemos que o mercado
é capaz de destruir as conquistas
sociais", disse.
Rogério da Costa destacou o fato de a cibercultura propor uma
nova "economia do conhecimento", que provocará grandes mudanças na educação. "Não estamos capacitados para abordar o
conjunto de informações disponíveis na rede, mas dali se extrai
conhecimento", disse.
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