São Paulo, segunda-feira, 09 de julho de 2007

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Crítica

José Carlos Burle dirige chanchada de primeira linha

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Há alguns dias passou um filme do José Carlos Burle sério: "Também Somos Irmãos". Hoje, temos um pouco do Burle gaiato, com "Carnaval Atlântida" (no Canal Brasil, às 19h30).
Mas, vamos ver, também é sério. Lá, um produtor pretende filmar a história de Helena de Tróia, com a ajuda de um doutor professor de grego (Oscarito). Mas é no Brasil que estamos, aliás, no Rio de Janeiro. E o que vai sair é uma chanchada mesmo.
Uma chanchada de primeira linha, diga-se, onde aparecem em grande estilo Grande Otelo e Colé, além de Cyll Farney (galã), Eliana (mocinha), José Lewgoy (vilão). Parafraseando Paulo Emilio, pode-se dizer que este filme é um produto de nossa capacidade criativa de não copiar.
Burle sabia bem o que fazia: como em outras ocasiões, seu filme enfatiza o valor da produção popular, não contra o erudito, mas contra o pedantismo. O público mais simples entendia bem o que o "Carnaval Atlântida" queria dizer.


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