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Para atriz, exagero é o que faz Aline ter graça
Maria Flor protagoniza série da Globo baseada em quadrinhos de Adão Iturrusgarai
Após especial exibido no ano passado, programa incorpora mais personagens e se abre para a vida cotidiana da protagonista
AUDREY FURLANETO
DA SUCURSAL DO RIO
Para viver sua primeira protagonista na TV, Maria Flor se
inspirou em duas amigas: "Sabe
quando a maquiagem do dia
anterior está escorrendo no
rosto e elas nem ligam? Sabe
quando elas acham que estão
gordas e tomam "bola'?".
Elas são a Aline de Maria
Flor, personagem-título da série que a Globo leva ao ar neste
ano e que começou a ser gravada há 15 dias, entre São Paulo e
Rio. Inspirada não nas amigas
da atriz, mas nos quadrinhos de
Adão Iturrusgarai, a Aline da
TV é "mais leve, mais comédia".
Suas extravagâncias, além de
ter dois namorados, são o figurino e a mania de chorar em comerciais de linguiça durante
crises de TPM. "O exagero e a
falta de compromisso com a
realidade é o que fazem a Aline
engraçada", avalia a atriz.
Flor, 25, começou na Globo
em "Malhação" e fez três novelas. Diz que, nelas, "a interpretação é realista e não se consegue fugir disso". "Admiro atores como Glória Pires e Tony
Ramos, que conseguem fazer
do café da manhã e do "bom dia,
amor" algo natural."
Fã de séries -de "Sex and the
City" e "Seinfeld" a "Law & Order"-, a atriz vê "Aline" como
um dos únicos programas jovens da Globo. "Também é para
a família, mas a personagem-título é uma menina de 20 e poucos anos, descobrindo como sobreviver na cidade", conta.
Menos realista
Já o diretor Maurício Farias,
também à frente de "A Grande
Família", diz que ""Aline" é a
história de uma jovem à procura do amor e da felicidade". "O
que ela quer todo mundo quer,
de oito a 80 anos", afirma.
Para ele, a série não quer driblar o realismo da TV. "A condução é menos realista porque
essa é a maneira mais divertida
e atraente que encontrei de
contar essa história", justifica.
"O programa tem um bocado
de coisas de que gosto e com
que me identifico. Tem humor,
música, espírito nonsense e ritmo de quadrinhos", diz Farias,
que também dirigiu o especial
que serviu de piloto (episódio
de teste) para a série, exibido
pela Globo no ano passado.
Agora, com sete episódios, o
programa sai da relação de Aline com os namorados, Otto
(Bernardo Marinho) e Pedro
(Pedro Neschling), e se abre para "as aventuras da protagonista no cotidiano".
Surgem novos personagens,
como a vizinha Kelly (Bianca
Comparato), o pai de Pedro
(Paulo Miklos), um editor que
quer publicar o diário de Aline
(Gillray Coutinho), entre outros. O diário da garota, aliás, é
o tema do primeiro episódio,
ainda sem data de estreia definida na emissora.
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