São Paulo, quinta-feira, 09 de julho de 2009

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Para atriz, exagero é o que faz Aline ter graça

Maria Flor protagoniza série da Globo baseada em quadrinhos de Adão Iturrusgarai

Após especial exibido no ano passado, programa incorpora mais personagens e se abre para a vida cotidiana da protagonista

AUDREY FURLANETO
DA SUCURSAL DO RIO

Para viver sua primeira protagonista na TV, Maria Flor se inspirou em duas amigas: "Sabe quando a maquiagem do dia anterior está escorrendo no rosto e elas nem ligam? Sabe quando elas acham que estão gordas e tomam "bola'?".
Elas são a Aline de Maria Flor, personagem-título da série que a Globo leva ao ar neste ano e que começou a ser gravada há 15 dias, entre São Paulo e Rio. Inspirada não nas amigas da atriz, mas nos quadrinhos de Adão Iturrusgarai, a Aline da TV é "mais leve, mais comédia".
Suas extravagâncias, além de ter dois namorados, são o figurino e a mania de chorar em comerciais de linguiça durante crises de TPM. "O exagero e a falta de compromisso com a realidade é o que fazem a Aline engraçada", avalia a atriz.
Flor, 25, começou na Globo em "Malhação" e fez três novelas. Diz que, nelas, "a interpretação é realista e não se consegue fugir disso". "Admiro atores como Glória Pires e Tony Ramos, que conseguem fazer do café da manhã e do "bom dia, amor" algo natural."
Fã de séries -de "Sex and the City" e "Seinfeld" a "Law & Order"-, a atriz vê "Aline" como um dos únicos programas jovens da Globo. "Também é para a família, mas a personagem-título é uma menina de 20 e poucos anos, descobrindo como sobreviver na cidade", conta.

Menos realista
Já o diretor Maurício Farias, também à frente de "A Grande Família", diz que ""Aline" é a história de uma jovem à procura do amor e da felicidade". "O que ela quer todo mundo quer, de oito a 80 anos", afirma.
Para ele, a série não quer driblar o realismo da TV. "A condução é menos realista porque essa é a maneira mais divertida e atraente que encontrei de contar essa história", justifica.
"O programa tem um bocado de coisas de que gosto e com que me identifico. Tem humor, música, espírito nonsense e ritmo de quadrinhos", diz Farias, que também dirigiu o especial que serviu de piloto (episódio de teste) para a série, exibido pela Globo no ano passado.
Agora, com sete episódios, o programa sai da relação de Aline com os namorados, Otto (Bernardo Marinho) e Pedro (Pedro Neschling), e se abre para "as aventuras da protagonista no cotidiano".
Surgem novos personagens, como a vizinha Kelly (Bianca Comparato), o pai de Pedro (Paulo Miklos), um editor que quer publicar o diário de Aline (Gillray Coutinho), entre outros. O diário da garota, aliás, é o tema do primeiro episódio, ainda sem data de estreia definida na emissora.


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