São Paulo, Sexta-feira, 09 de Julho de 1999
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"Aos 18, coisas absurdas acontecem", diz Liman

ADRIANE GRAU
especial para a Folha, em San Francisco


Aclamado por "Swingers", o diretor Doug Liman prova que toca fundo no ritmo nervoso da juventude de Los Angeles em "Vamos Nessa".
O filme estreou em janeiro em Sundance. Na platéia estavam sua mãe, sete primos e vários amigos da juventude.
Cercado pelo elenco, ele conversou rapidamente com a imprensa internacional em seguida.

Pergunta - Por que o roteiro foi escrito com o título "X" e depois mudado para "Go" ("Vamos Nessa")?
Doug Liman -
Queria uma palavra que fosse traduzida facilmente para qualquer língua. Mas também gosto da definição de "go" (ir em inglês) como movimento sem fim estabelecido.

Pergunta - O roteiro também havia sido escrito como um curta. Como virou um longa?
Liman -
Apenas a história de Ronna era contada no curta. Mas, segundo o roteirista John August, todos perguntavam o que acontecia com os outros personagens. Então, para contar seus ponto de vista, foram criadas mais duas partes.

Pergunta - O que o atraiu para o projeto quando leu o roteiro?
Liman -
A nostalgia de como as coisas mais absurdas acontecem quando você tem 18 anos, e você sempre sobrevive para contar. Quando eu lembro, tenho certeza que jamais repetiria as loucuras da juventude.

Pergunta - Você se envolveu com drogas como os personagens do filme?
Liman -
Na verdade, não. Mas, mesmo assim, meus amigos da faculdade eram muito malucos.

Pergunta - Você se tornou famoso por fazer "Swingers" com baixo orçamento. Foi bom ter o estúdio Columbia por trás e poder gastar mais à vontade?
Liman -
Não é bem assim. Continuamos filmando em bares e lugares públicos para manter o orçamento baixo. Várias cenas eu filmei sozinho, levando apenas a câmera e a luz. A cena em que Mannie está alucinando no carro e na lixeira foram feitas assim. O ator teve que ligar a câmera para mim.

Pergunta - Mas por que economizar tanto e arriscar a qualidade final?
Liman -
Porque tínhamos várias cenas em que precisávamos usar dublês, o que custa caro. Preferi arriscar a qualidade do que arriscar a vida dos atores.


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