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"Aos 18, coisas absurdas acontecem", diz Liman
ADRIANE GRAU
especial para a Folha, em San Francisco
Aclamado por "Swingers", o diretor Doug Liman prova que toca
fundo no ritmo nervoso da juventude de Los Angeles em "Vamos Nessa".
O filme estreou em janeiro em
Sundance. Na platéia estavam sua
mãe, sete primos e vários amigos
da juventude.
Cercado pelo elenco, ele conversou rapidamente com a imprensa internacional em seguida.
Pergunta - Por que o roteiro
foi escrito com o título "X" e depois mudado para "Go" ("Vamos
Nessa")?
Doug Liman - Queria uma palavra que fosse traduzida facilmente para qualquer língua. Mas também gosto da definição de "go" (ir
em inglês) como movimento sem
fim estabelecido.
Pergunta - O roteiro também
havia sido escrito como um curta. Como virou um longa?
Liman - Apenas a história de
Ronna era contada no curta. Mas,
segundo o roteirista John August,
todos perguntavam o que acontecia com os outros personagens.
Então, para contar seus ponto de
vista, foram criadas mais duas
partes.
Pergunta - O que o atraiu para
o projeto quando leu o roteiro?
Liman - A nostalgia de como as
coisas mais absurdas acontecem
quando você tem 18 anos, e você
sempre sobrevive para contar.
Quando eu lembro, tenho certeza
que jamais repetiria as loucuras
da juventude.
Pergunta - Você se envolveu
com drogas como os personagens do filme?
Liman - Na verdade, não. Mas,
mesmo assim, meus amigos da
faculdade eram muito malucos.
Pergunta - Você se tornou famoso por fazer "Swingers" com
baixo orçamento. Foi bom ter o
estúdio Columbia por trás e poder gastar mais à vontade?
Liman - Não é bem assim. Continuamos filmando em bares e lugares públicos para manter o orçamento baixo. Várias cenas eu
filmei sozinho, levando apenas a
câmera e a luz. A cena em que
Mannie está alucinando no carro
e na lixeira foram feitas assim. O
ator teve que ligar a câmera para
mim.
Pergunta - Mas por que economizar tanto e arriscar a qualidade final?
Liman - Porque tínhamos várias
cenas em que precisávamos usar
dublês, o que custa caro. Preferi
arriscar a qualidade do que arriscar a vida dos atores.
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