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Chega ao Brasil, uma semana após a estréia no EUA, "As Loucas Aventuras de James West", que mistura western e ficção científica e se baseia no seriado de televisão dos anos 60
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Vou emprestar meu feriado no ano que vem, diz Smith
CLAUDIO CASTILHO
especial para a Folha, em Los Angeles
Will Smith é o primeiro ator em
Hollywood a tornar-se "dono" de
um dos mais concorridos e respeitados feriados americanos: o
de 4 de julho, dia da independência dos Estados Unidos e fim-de-semana de maior movimento e
lucro nos cinemas do país.
Pelo menos, é o que vem anunciando ultimamente a imprensa
americana com o lançamento do
western futurista protagonizado
pelo ator, "As Loucas Aventuras
de James West" ("Wild Wild
West"), que entrou em cartaz no
feriado da semana passada nos
EUA e chega hoje ao Brasil.
Com o megasucesso de "Independence Day", em 96, "Homens
de Preto", no ano seguinte, e agora "James West", o feriado passou a ser chamado de "Big Willie
Weekend", ou melhor, em português, "O fim-de-semana do
Grande Will Smith".
"O feriado da independência
tem trazido tanta sorte para mim
que acabou sendo chamado de
"Big Willie Weekend". O que posso fazer?", perguntou sem modéstia o ator à Folha. "No ano que
vem vou emprestar meu feriado
para outro ator brilhar em meu
lugar", brincou.
Em "As Loucas Aventuras de
James West", uma mistura de
western, ficção científica e ação
baseada no seriado cult de televisão da década de 60, Will Smith
encarna o agente secreto James
West -no programa, interpretado por Robert Conrad.
Ele tem como companheiro um
agente mestre em inventar dispositivos modernos, Artemus Gordon (Kevin Kline). Os dois se incumbem de proteger a vida do
presidente Grant, ameaçada pelo
diabólico Arliss Loveless (Kenneth Branagh), dono de uma gigantesca tarântula assassina.
Além do cinema, Will Smith faz
sucesso também na música, emplacando hits como "Gettin" Jiggy
with It" e "Wild Wild West". Leia
a seguir trechos da entrevista que
Will Smith deu, em Los Angeles, à
Folha.
Folha - Foi uma surpresa o
convite para interpretar no cinema um caubói branco da TV?
Will Smith - Quando Barry me
ligou, achei que ele tinha enlouquecido de vez. Ao falar sobre o
projeto de filmar "James West",
ele explicou a vontade de fazer algo totalmente diferente com o
personagem principal. Uma das
ousadias seria me convidar para
fazer James West e colocar a questão racial no filme. O fato de todos
os caubóis mostrados em filme
serem brancos o incomodava.
Folha - No Velho Oeste também existiam caubóis negros?
Smith - Pois é. Muita gente não
sabe que na época do Velho Oeste
todo homem negro era caubói,
usava cavalos como meio de
transporte. Infelizmente isso
nunca foi mostrado no cinema.
Folha - No filme você e Kevin
Kline aparecem vestidos de mulher. Quem ficou mais bonito?
Smith - Kevin é um homem
muito charmoso e bonito, mas
como mulher é um verdadeiro
fracasso. Para que ele ficasse com
uma aparência aceitável teve que
passar seis horas somente na maquiagem, enquanto para mim 45
minutos foram suficientes. Acho
que fiquei mais bonito que ele.
Nem mesmo um cara completamente bêbado se enganaria com o
disfarce de Kevin.
Folha - De onde você tira a
energia para trabalhar no cinema, na televisão e na música?
Smith - Não acho que seja uma
questão apenas de ter ou não ter
energia. A verdade é que sou uma
pessoa muito agitada. Não consigo ficar parado nunca.
Folha - Os criadores de "South
Park" disseram, na revista "Rolling Stone", que você é um péssimo ator e que sua música e o
filme não prestam. Como você
responde aos ataques?
Smith - Não fico chateado com
isso. Afinal de contas estamos falando de "South Park". É o que
eles sempre fazem e particularmente confesso que adoro "South
Park". Mas uma coisa é certa: eles
vão acabar indo para o inferno.
Você assistiu ao episódio no qual
Papai Noel briga com Jesus por
causa do Natal? Foi hilário, mas
eles vão para o inferno por causa
desse programa.
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