THALES DE MENEZES
da Reportagem Local

"James West", a série de TV, é uma discreta e charmosa aventura perto do pandemônio infantilóide que é "As Loucas Aventuras de James West", o filme.
Robert Conrad interpretava o caubói agente secreto com um estilo contido, seduzindo as mulheres com olhares e gestos heróicos, sem os intermináveis discursos do falastrão Will Smith.
Na série, o trem que serve de base de operações para os heróis pouco saía do lugar. E não tinha a parafernália de armas e truques que a nova versão exibe.
Mas a diferença mais importante está no roteiro: a série era inventiva e colocava o herói em situações tão complicadas que descobrir como West escaparia era um desafio para o telespectador. Já a versão para a tela grande não consegue sustentação sobre uma história capenga.
O roteiro parece ser o grande problema das adaptações de séries de TV para a telona, como "Perdidos no Espaço", "O Santo" e "Família Addams". Há desastres totais, como "Os Vingadores", que não soube recriar a sofisticação da série inglesa dos anos 60 e não é salvo nem pelas roupas justíssimas de Uma Thurman.
Entre tantas decepções, a exceção é "O Fugitivo". Tudo deu certo: houve respeito pela série, o filme é eletrizante, e Harrison Ford e Tommy Lee Jones dão show.
Há novas adaptações chegando: "Mod Squad" (série de jovens detetives do início dos anos 70), "Jeannie É um Gênio" (com Lisa Kudrow, de "Friends") e "As Panteras" (ainda na escolha do elenco, que pode ter Cameron Diaz).


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