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Evento "terceiriza" badalação
do enviado a Gramado
A contenção de despesas adotada pelo Festival de Gramado apenas radicalizou uma tendência já
observada nas últimas edições: o
esvaziamento da badalação extracinematográfica, que inchou o
evento e ameaçou-o de descaracterização no começo da década.
Por conta disso, o festival agora
praticamente só convida atores e
cineastas que tenham participação nos filmes programados, e
não patrocina mais festas.
As festas continuam a acontecer, só que promovidas por outras instituições e empresas. Este
ano, a revista "Caras" vai instalar
na cidade a "vila de Caras", e a TV
Playboy (por assinatura) montará
um "lounge" para receber artistas
e exibir modelos.
"A badalação é hoje uma coisa
paralela e acessória, que complementa a movimentação na cidade, mas não vem necessariamente
em benefício do cinema", afirma
o coordenador-geral do festival,
Esdras Rubin.
As personalidades convidadas
pelo evento este ano vão de Ivan
Lins (autor da trilha de "Dois Córregos") a Malu Mader (atriz de
"Mauá"), passando pelo diretor
Fernando Solanas ("A Nuvem") e
pela família Barreto.
A exemplo das festas, também
os prêmios de Gramado passam
por um processo de "terceirização". O júri do festival confere os
tradicionais troféus Kikitos, mas a
cada ano surgem novos prêmios,
oferecidos por instituições e empresas variadas.
O Canal Brasil, por exemplo,
contempla os melhores curtas-metragens, a fábrica de chocolates
Prawer premia um profissional
gaúcho de destaque nas produções do ano e a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul vai
premiar o melhor curta gaúcho.
(JGC)
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