São Paulo, Segunda-feira, 09 de Agosto de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Evento "terceiriza" badalação

do enviado a Gramado

A contenção de despesas adotada pelo Festival de Gramado apenas radicalizou uma tendência já observada nas últimas edições: o esvaziamento da badalação extracinematográfica, que inchou o evento e ameaçou-o de descaracterização no começo da década.
Por conta disso, o festival agora praticamente só convida atores e cineastas que tenham participação nos filmes programados, e não patrocina mais festas.
As festas continuam a acontecer, só que promovidas por outras instituições e empresas. Este ano, a revista "Caras" vai instalar na cidade a "vila de Caras", e a TV Playboy (por assinatura) montará um "lounge" para receber artistas e exibir modelos.
"A badalação é hoje uma coisa paralela e acessória, que complementa a movimentação na cidade, mas não vem necessariamente em benefício do cinema", afirma o coordenador-geral do festival, Esdras Rubin.
As personalidades convidadas pelo evento este ano vão de Ivan Lins (autor da trilha de "Dois Córregos") a Malu Mader (atriz de "Mauá"), passando pelo diretor Fernando Solanas ("A Nuvem") e pela família Barreto.
A exemplo das festas, também os prêmios de Gramado passam por um processo de "terceirização". O júri do festival confere os tradicionais troféus Kikitos, mas a cada ano surgem novos prêmios, oferecidos por instituições e empresas variadas.
O Canal Brasil, por exemplo, contempla os melhores curtas-metragens, a fábrica de chocolates Prawer premia um profissional gaúcho de destaque nas produções do ano e a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul vai premiar o melhor curta gaúcho. (JGC)



Texto Anterior: Cinema: Começa Gramado 99, versão curta e grossa
Próximo Texto: TV exibe parte do festival
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.