São Paulo, sábado, 09 de setembro de 2000

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Exposição reserva algumas raridades

DA SUCURSAL DO RIO

Uma aquarela pintada por Emeric Essex Vidal por volta de 1834 mostrando a baía de Guanabara é uma das raridades que poderão ser vistas na exposição "Visões do Rio na Coleção Geyer".
A aquarela jamais foi exposta -há vários anos ocupa uma das paredes da casa Geyer. Para ser exposta, foi necessário apenas trocar sua moldura.
"As obras estão em ótimo estado, de uma maneira geral. As obras em papel, como as aquarelas, é que precisaram de um pequeno trabalho de conservação, mas nada muito grande", explica Maria Inez Turazzi.
Oito trabalhos de Rugendas fazem parte da exposição -todos retratando cenários e personagens do Rio, como a cascata da Tijuca (na Floresta da Tijuca) ou um grupo de lavadeiras.
"Há tantas obras fantásticas que seria possível montar várias exposições, cada uma diferente da outra", conta a historiadora.
Um exemplo é uma tela de Rugendas, "A Floresta Brasileira", que retrata a floresta amazônica e que não está na exposição por não se referir ao Rio. "Ela nunca foi exposta e é um dos trabalhos mais valiosos do acervo", afirma.
Há outras raridades. Uma delas é o livro com aquarelas originais do pintor português Joaquim Cândido Guillobel -por coincidência, o arquiteto responsável pela conclusão do Museu Imperial. No livro, Guillobel retrata escravos e outros personagens populares do século 19.
Mais rara ainda é a tela "Panorama do Rio de Janeiro da Ilha de Villegaignon à Praia da Lapa e Morro de Santa Teresa", do chinês Sunqua.
Artista do século 19 (há obras suas conhecidas do período entre 1830 e 1870), era um dos muitos pintores que trabalhavam em Hong Kong, mas um dos poucos que assinavam seus trabalhos.
Não há nenhuma passagem sua conhecida pelo Brasil. Apesar disso, ele retrata uma cena da baía de Guanabara, com barcos navegando -mas todos eles lembrando embarcações chinesas.
Outro destaque é o quadro "Rua da Candelária, Esquina da Rua da Alfândega", de Victor Meirelles.


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