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Exposição reserva algumas raridades
DA SUCURSAL DO RIO
Uma aquarela pintada por
Emeric Essex Vidal por volta de
1834 mostrando a baía de Guanabara é uma das raridades que poderão ser vistas na exposição "Visões do Rio na Coleção Geyer".
A aquarela jamais foi exposta
-há vários anos ocupa uma das
paredes da casa Geyer. Para ser
exposta, foi necessário apenas
trocar sua moldura.
"As obras estão em ótimo estado, de uma maneira geral. As
obras em papel, como as aquarelas, é que precisaram de um pequeno trabalho de conservação,
mas nada muito grande", explica
Maria Inez Turazzi.
Oito trabalhos de Rugendas fazem parte da exposição -todos
retratando cenários e personagens do Rio, como a cascata da Tijuca (na Floresta da Tijuca) ou um
grupo de lavadeiras.
"Há tantas obras fantásticas que
seria possível montar várias exposições, cada uma diferente da outra", conta a historiadora.
Um exemplo é uma tela de Rugendas, "A Floresta Brasileira",
que retrata a floresta amazônica e
que não está na exposição por não
se referir ao Rio. "Ela nunca foi
exposta e é um dos trabalhos mais
valiosos do acervo", afirma.
Há outras raridades. Uma delas
é o livro com aquarelas originais
do pintor português Joaquim
Cândido Guillobel -por coincidência, o arquiteto responsável
pela conclusão do Museu Imperial. No livro, Guillobel retrata escravos e outros personagens populares do século 19.
Mais rara ainda é a tela "Panorama do Rio de Janeiro da Ilha de
Villegaignon à Praia da Lapa e
Morro de Santa Teresa", do chinês Sunqua.
Artista do século 19 (há obras
suas conhecidas do período entre
1830 e 1870), era um dos muitos
pintores que trabalhavam em
Hong Kong, mas um dos poucos
que assinavam seus trabalhos.
Não há nenhuma passagem sua
conhecida pelo Brasil. Apesar disso, ele retrata uma cena da baía de
Guanabara, com barcos navegando -mas todos eles lembrando
embarcações chinesas.
Outro destaque é o quadro "Rua
da Candelária, Esquina da Rua da
Alfândega", de Victor Meirelles.
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