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São Paulo, terça-feira, 09 de setembro de 2003

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TEATRO

Ministério Público do Rio denuncia Gerald Thomas por suposto "ato obsceno"
A promotora Gisela Alexandre Brandão, do Ministério Público Estadual do Rio, denunciou ontem à Justiça o produtor e diretor teatral Gerald Thomas, 49, por suposta prática de "ato obsceno". Thomas mostrou as nádegas para a platéia que o vaiava no Teatro Municipal do Rio, ao fim de uma apresentação da montagem que ele dirigiu da ópera "Tristão e Isolda". O episódio ocorreu no dia 17 de agosto. Agora, caberá à Justiça decidir se o diretor será processado ou não.
O caso foi repassado ao Ministério Público porque Thomas não aceitou a pena alternativa proposta pelo 2º Juizado Especial Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, de que pagasse cinco salários mínimos a uma instituição de caridade.
O diretor recusou a pena por considerar que seu ato não foi criminoso. Argumentou ainda que sua condenação poderia abrir um precedente para o cerceamento da liberdade artística.
A Folha tentou entrar em contato com Thomas em seu apartamento em Londres, mas ele não foi encontrado. A advogada de Thomas, Leilah Borges da Costa, afirmou que o diretor só se pronunciará quando a Justiça decidir se aceita ou não a denúncia, o que deverá ocorrer nos próximos dias. O crime de "ato obsceno" está previsto no artigo 233 do Código Penal e a pena é de três meses a um ano de reclusão. (DA SUCURSAL DO RIO)


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