São Paulo, quarta-feira, 09 de outubro de 2002

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MEMÓRIA

Digitalização de documentos depende de recursos

Biblioteca da ECA recupera o arquivo do crítico Miroel Silveira

VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A biblioteca da Escola de Artes e Comunicações da Universidade de São Paulo quer digitalizar o arquivo que era mantido pelo dramaturgo e crítico teatral santista Miroel Silveira (1914-88).
Silveira atuou na Folha, foi professor do Departamento de Artes Cênicas da USP e é comumentemente lembrado pela iniciação de Cacilda Becker (1921-69) no teatro. Em 1941, ele a convenceu a sair de Santos para tentar carreira no Teatro do Estudante, no Rio.
Segundo a coordenadora do projeto de recuperação, a professora Maria Cristina Castilho Costa, o arquivo contém "preciosidades" relativas ao circo e ao teatro paulistas dos anos 30 aos 80.
Há textos inéditos de autores brasileiros, dados sobre companhias estabelecidas, como a do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), e até daquelas consideradas mais populares.
Na documentação, destacam-se ainda 6.137 processos de liberação ou censura de peças pelos órgãos estaduais ou federais. São fichários completos que possibilitam recorte da "sensibilidade política" de governos como o de Getúlio Vargas (anos 30, 40 e 50), passando por Juscelino Kubitschek (1955-61) até o período do regime militar (1964-85).
Iniciado há dois anos, o projeto inclui catalogação (fase atual), restauro, análise e transposição digital. Segundo a diretora técnica do serviço de biblioteca e documentação da ECA, Bárbara Júlia Leitão, no momento o projeto busca patrocínio ou apoio para alcançar o orçamento estimado em R$ 250 mil. Mais informações pelo tel. 0/xx/11/3091-4044.


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