|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEMÓRIA
Digitalização de documentos depende de recursos
Biblioteca da ECA recupera o arquivo do crítico Miroel Silveira
VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A biblioteca da Escola de Artes e
Comunicações da Universidade
de São Paulo quer digitalizar o arquivo que era mantido pelo dramaturgo e crítico teatral santista
Miroel Silveira (1914-88).
Silveira atuou na Folha, foi professor do Departamento de Artes
Cênicas da USP e é comumentemente lembrado pela iniciação de
Cacilda Becker (1921-69) no teatro. Em 1941, ele a convenceu a
sair de Santos para tentar carreira
no Teatro do Estudante, no Rio.
Segundo a coordenadora do
projeto de recuperação, a professora Maria Cristina Castilho Costa, o arquivo contém "preciosidades" relativas ao circo e ao teatro
paulistas dos anos 30 aos 80.
Há textos inéditos de autores
brasileiros, dados sobre companhias estabelecidas, como a do
Teatro Brasileiro de Comédia
(TBC), e até daquelas consideradas mais populares.
Na documentação, destacam-se
ainda 6.137 processos de liberação
ou censura de peças pelos órgãos
estaduais ou federais. São fichários completos que possibilitam
recorte da "sensibilidade política"
de governos como o de Getúlio
Vargas (anos 30, 40 e 50), passando por Juscelino Kubitschek
(1955-61) até o período do regime
militar (1964-85).
Iniciado há dois anos, o projeto
inclui catalogação (fase atual),
restauro, análise e transposição
digital. Segundo a diretora técnica
do serviço de biblioteca e documentação da ECA, Bárbara Júlia
Leitão, no momento o projeto
busca patrocínio ou apoio para alcançar o orçamento estimado em
R$ 250 mil. Mais informações pelo tel. 0/xx/11/3091-4044.
Texto Anterior: Poesia: Municipal ecoa 148 vozes de Drummond Próximo Texto: Artes plásticas: Livros ilustram embate crítico Índice
|