São Paulo, sábado, 09 de outubro de 2010

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CRÍTICA DRAMA

"A Casa de Alice" retrata classe média com estereótipos

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"A Casa de Alice" (Canal Brasil, 23h, 12 anos) tem mais ou menos todos os problemas da maior parte do cinema paulista recente, a começar pela obsessão por observar as classes pobres (neste caso, trata-se de uma pequena classe média).
E, quanto mais se observa, menos parece que se viu alguma coisa, na medida em que na tela aparecem, menos que personagens, estereótipos de comportamento. O taxista que vive pulando o muro, a manicure e seus desejos, o filho autoritário, o filho homossexual etc.
Há bons atores, a começar pela atriz principal, Carla Ribas. Mas isso não resolve o problema de ninguém.
O que parece, no entanto, indicar um caminho em que o diretor Chico Teixeira se sente de fato mais interessado é a intrigante personagem de Berta Zemel, a mãe da manicure: aquela que vê, num silêncio além ou aquém de qualquer dor, desmoronar uma ordem.


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