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CRÍTICA DRAMA
"A Casa de Alice" retrata classe média com estereótipos
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"A Casa de Alice" (Canal
Brasil, 23h, 12 anos) tem mais
ou menos todos os problemas da maior parte do cinema paulista recente, a começar pela obsessão por observar as classes pobres (neste
caso, trata-se de uma pequena classe média).
E, quanto mais se observa,
menos parece que se viu alguma coisa, na medida em
que na tela aparecem, menos
que personagens, estereótipos de comportamento. O taxista que vive pulando o muro, a manicure e seus desejos, o filho autoritário, o filho
homossexual etc.
Há bons atores, a começar
pela atriz principal, Carla Ribas. Mas isso não resolve o
problema de ninguém.
O que parece, no entanto,
indicar um caminho em que
o diretor Chico Teixeira se
sente de fato mais interessado é a intrigante personagem
de Berta Zemel, a mãe da manicure: aquela que vê, num
silêncio além ou aquém de
qualquer dor, desmoronar
uma ordem.
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