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TELEVISÃO
Lucinha de Carolina Ferraz ilumina "Pecado"
TELMO MARTINO
Colunista da Folha
A impressão que se tem é de que "Pecado Capital' foi uma espécie de
"E o Vento Levou" em sua primeira versão, em 1976.
O pessoal mais antigo anda muito
ciumento de toda e qualquer imagem que a novela teve. Dizem, por
exemplo, que o Carlão de Francisco Cuoco foi seu maior momento
em décadas de televisão.
Eduardo Moscovis anda muito
preocupado com a mala de dinheiro que deixaram no banco de
trás de seu táxi para querer comparar cenhos cerrados com o ator
da versão anterior. Além disso,
tem a namorada Lucinha (Carolina Ferraz!!!), que interrompe de
vez essa bobagem de comparações.
Tudo indicava ser indispensável
uma homenagem ao Carlão Cuoco, agora envelhecido. Um próspero homem de negócios, com
uma rede de supermercados e outros negócios no patrimônio, Carlão Cuoco foi homenageado por
seus funcionários com uma placa
de ouro repleta de louvores endomingados. Teve até furtiva lágrima de Sueli Franco.
Logo depois, o fracasso. Nenhum dos filhos foi ao jantar que
comemorava a condição sexagenária do pai. A governanta Zilka
Salaberry estava uma pilha de nervos. Deve ter até pensado em chamar a Emília para compensar essa
escassez total de pó de pirlimpimpim.
O motorista cheio de dinheiro
do Carlão Moscovis não dá saudade de qualquer antecessor. É um
personagem que coloca todos os
pobretões do mundo dentro dos
seus sapatos, numa aflição de tantos arrepios.
E até que o pai que o Roberto
Bonfim faz é um ótimo companheiro. Não vão fazer festa para os
60 do Robertão? Tem que ser logo,
porque Carolina Ferraz não vai
deixar tempo ou espaço para ninguém.
Como a suburbana que abafou o
subúrbio de Marechal Hermes, ela
foi um espalhafato.
Depois que ela apareceu com
aquela blusinha amarrada na cintura, cabelo solto e argolas nas
orelhas, a turma da Central está
querendo brigar. Por que só Marechal Hermes merece toda essa belezura?
Eles não sabem que o país todo
vai recuperar o esplendor. Com
aquelas fotos do publicitário interpretado pelo Alexandre Borges,
até no Brasil bonito não vai ter
gente na janela. Solta um daqueles
seus sorrisos cheios de alegria e felicidade.
Carolina Ferraz é aquela chuva
de estrelas que sempre se soube
que existia. Acorda Cole Porter,
tem gente "top" outra vez no pedaço.
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