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Prada e Sander apontam futuro
da enviada a Milão
Duas marcas ajudam a definir
para onde vão os caminhos da moda: Prada e Jil Sander. Absolutamente todo mundo presta atenção
no que elas fazem, já que instalam
conceitos que permanecem como
antenas dos nossos tempos. Se ambas serviram para consolidar o minimalismo e o chamado hype invisível (ou seja: preciosidade nos detalhes), a trilha que elas seguem
agora apontam novos futuros.
A Prada enxuga a faixa etária,
aproximando-se de sua filhote, a
Miu Miu, na revisão das formas esportivas de maneira ainda mais
agressiva. "Sporty Alice in Pradaland" anuncia o texto de apresentação do desfile, decretando o esporte como uma "osmose de estilos". É a linha explícita, com tops
tipo aeróbica e shortinho.
Na sequência, saias evasês de
grandes pregas e bermudas retas,
sempre com a calcinha falsa em rosa aparecendo. As linhas são simples e funcionais. Pochetonas com
os cintos abaixo do decotes dos
minivestidos funcionam como determinante da linha da cintura,
mais alta também nos blazers.
Vestidos tipo camisola, sempre
joviais, vêm acompanhados das
botas quase de montaria e salto
quadrado -perfeitas. Outra imagem importante são os espelhinhos redondos na capa em pele de
cobra caramelo, de gola militar tipo Prada clássica.
"En passant" é a expressão para a
atmosfera da moda de Jil Sander,
objeto de um trabalho de "atenção
científica, geométrica" sobre o tecido. A sensualidade vem no modo
como os materiais, drapeados de
leve ou com pences, envolvem o
corpo nos vestidos de rayon com
fios metálicos, opacos ou mais brilhante. É a "liberdade da disciplina", simples como uma equação.
Também o esporte aparece; e
forte. As regatas de tela sobrepostas com calças retas abrem o desfile, adicionadas de jaquetas de atitude tecno e nas parkas com capuz.
Se a juventude dita regras para a
moda do terceiro milênio, é melhor prestar atenção.
(EP)
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