São Paulo, terça-feira, 09 de novembro de 2004

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Marsalis e Holland "quebram tudo"

DA REPORTAGEM LOCAL

No glossário dos instrumentistas existe uma expressão chamada "quebrar tudo": algo como atingir um nirvana musical -e, normalmente, como a falsa violência do termo indica, pelos caminhos mais turbulentos.
Duas atrações da programação do palco Club do Tim Festival indubitavelmente "quebraram tudo": a big band de Dave Holland e o quarteto de Brandford Marsalis.
Dois músicos experimentados, o baixista inglês e o saxofonista norte-americano confirmaram a expectativa de principais jazzistas do festival -ao lado de Brad Mehldau, que "quebrou tudo", mas de modo bem mais contido.
A receita, em ambos os casos, foi a mesma: excelentes músicos muito bem entrosados com excelentes músicos fazendo música de excelência. O time de Holland, em especial, assustou: Chris Potter (tenor), Robin Eubanks (trombone) e Steve Nelson (vibrafone).... O pianista Joey Calderazzo e o baterista Jeff "Tain" Watts, escoltas de Marsalis, também põem tudo abaixo (no bom sentido).
Abaixo, no mau sentido, foram alguns aspectos da programação. O mais grave foi na escalação maciça de violonistas (os quatro do Maogani, os dois do Biréli Lagrène e Chico Pinheiro): com exceção do acompanhante de Lagrène, todos tecnicamente impecáveis, mas muito técnicos demais.
(CASSIANO ELEK MACHADO)


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