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Marsalis e Holland "quebram tudo"
DA REPORTAGEM LOCAL
No glossário dos instrumentistas existe uma expressão chamada "quebrar tudo": algo como
atingir um nirvana musical -e,
normalmente, como a falsa violência do termo indica, pelos caminhos mais turbulentos.
Duas atrações da programação
do palco Club do Tim Festival indubitavelmente "quebraram tudo": a big band de Dave Holland e
o quarteto de Brandford Marsalis.
Dois músicos experimentados,
o baixista inglês e o saxofonista
norte-americano confirmaram a
expectativa de principais jazzistas
do festival -ao lado de Brad
Mehldau, que "quebrou tudo",
mas de modo bem mais contido.
A receita, em ambos os casos,
foi a mesma: excelentes músicos
muito bem entrosados com excelentes músicos fazendo música de
excelência. O time de Holland, em
especial, assustou: Chris Potter
(tenor), Robin Eubanks (trombone) e Steve Nelson (vibrafone)....
O pianista Joey Calderazzo e o baterista Jeff "Tain" Watts, escoltas
de Marsalis, também põem tudo
abaixo (no bom sentido).
Abaixo, no mau sentido, foram
alguns aspectos da programação.
O mais grave foi na escalação maciça de violonistas (os quatro do
Maogani, os dois do Biréli Lagrène e Chico Pinheiro): com exceção do acompanhante de Lagrène, todos tecnicamente impecáveis, mas muito técnicos demais.
(CASSIANO ELEK MACHADO)
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