São Paulo, terça-feira, 09 de novembro de 2010 |
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CRÍTICA ELETRÔNICO Festival com grandes nomes não consegue escapar dos hits
GUSTAVO FIORATTI
Tocar remix da introdução
de "Born Slippy", do Underworld, é um clichê de festivais de música eletrônica.
Pois Moby tocou em um palco do Ultra Music Festival, no
sábado. E, meia hora depois,
Groove Armada fez igual.
Hits, hits e mais hits. O festival internacional importado dos EUA, em sua primeira
edição em São Paulo, fez
suas apostas em velhos conhecidos do público. O line-up do evento tinha ainda Fatboy Slim e Carl Cox.
Novidades -se houve alguma- foram prejudicadas
por uma divulgação falha: o
festival não distribuiu o line-up com os horários das atrações. Mau para quem quis reciclar-se da própria música
eletrônica.
Valeu para quem queria
curtir. A animação atingiu
ápice em "Satisfaction" (dos
Rolling Stones), mixada por
Fatboy com seu sucesso
"Funk Soul Brother". É uma
fusão já conhecida de outros
festivais, mas que sempre leva o público à euforia.
Moby foi especialmente
entediante. Fez um set nervoso, cheio de picos e viradas,
misturando gêneros que não
combinam. Para piorar, tocou em uma pista cheia de lama, que ele tentava animar
subindo na mesa de som.
O músico americano manteve alguma distância de seu
repertório melódico e etéreo,
que se fez reconhecível em
alguns poucos momentos,
como na entrada para "Raining Again". Quem queria
ouvir o autêntico Moby, literalmente, dançou.
Gui Boratto e Carl Cox acabaram se destacando no mar
de FMs. São DJs experientes,
que sabem a importância da
evolução de um set. O brasileiro, com groove. E o britânico, entrelaçando house e tec-house de primeira. |
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