São Paulo, quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

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Crítica

"Melhor É Impossível" escapa do clichê

SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL

Apegado à rotina e avesso ao convívio social, o obsessivo-compulsivo Melvin Udall (Jack Nicholson) soa invariavelmente desagradável em "Melhor É Impossível" (A&E, 22h).
Contrariamente à sua vontade, ele se apaixona por Carol (Helen Hunt), uma garçonete para lá de otimista, apesar das (muitas) agruras de sua vida.
O diretor James L. Brooks escapa de derrapar no clichê da comédia romântica sobre tipos opostos que se atraem, em grande parte graças à impecável atuação de Nicholson.
Por mérito do ator, vemos Udall não como um estereótipo da patologia, mas como alguém em luta com suas limitações.
O melhor exemplo disso talvez seja a cena da conquista. Num jantar supostamente romântico, Udall fere a auto-estima de Carol. Ela exige um elogio que anule a crítica anterior.
Ele diz que, por causa dela, começou a se medicar. Ela não entende como isso possa ser um elogio. Ele esclarece: "Você me dá vontade de ser uma pessoa melhor". É o desejo que importa, ainda que impossível.


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