São Paulo, quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

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Brasileiros valorizam personalização

DA REPORTAGEM LOCAL

Noivos puxados pelo colarinho, estilistas dando o último retoque no modelito, casais em posições sensuais. No mundo dos bolos confeitados, basta ter uma idéia e predisposição para desembolsar uma quantia que, dependendo do tamanho, pode chegar às quatro cifras.
Os bolos-escultura estão presentes nas festas brasileiras há cerca de 15 anos, e nos últimos cinco se propagaram. Já não se limitam às casas abastadas nem a casamentos. Viraram presente para qualquer ocasião.
"As pessoas valorizam muito o fato de um produto poder ser feito especialmente para elas, da forma como sonharam", diz a conceituada doceira Pati Piva.
Uma das precursoras da técnica no Brasil, Maria Luiza Ricci salienta a versatilidade da pasta: "Você modela e imita objetos, pessoas, tudo". A doceira, que agora aceita encomendas apenas para bolos falsos (com base de isopor) e bonecos de pasta de açúcar, também dá cursos.
Segundo as profissionais ouvidas, os clientes priorizam a aparência. "A preocupação é com a decoração. Não estão muito aí para o bolo. Agora se esquecemos um detalhe, o bolo acabou. Mas, para mim, ter um bolo gostoso é fundamental", diz Daniella Jafet Ajaj, do Sucra -°Ateliê de Açúcar.
Com dó de "estragar" o bolo, há clientes que preferem guardá-lo a comê-lo. "Tem gente que pergunta como faz para conservar o presente", conta a confeiteira Regina Emy.
Contudo, quando se decide provar o bolo, a cobertura quase sempre é rejeitada. Mas essa camada, diz Pati Piva, pode ser feita também de marzipan (de amêndoas) ou massa de chocolate. "São deliciosos, podem ser modelados, e as pessoas comem com vontade."


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