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Brasileiros valorizam personalização
DA REPORTAGEM LOCAL
Noivos puxados pelo colarinho, estilistas dando o último
retoque no modelito, casais em
posições sensuais. No mundo
dos bolos confeitados, basta ter
uma idéia e predisposição para
desembolsar uma quantia que,
dependendo do tamanho, pode
chegar às quatro cifras.
Os bolos-escultura estão presentes nas festas brasileiras há
cerca de 15 anos, e nos últimos
cinco se propagaram. Já não se
limitam às casas abastadas nem
a casamentos. Viraram presente para qualquer ocasião.
"As pessoas valorizam muito
o fato de um produto poder ser
feito especialmente para elas,
da forma como sonharam", diz
a conceituada doceira Pati Piva.
Uma das precursoras da técnica no Brasil, Maria Luiza Ricci salienta a versatilidade da
pasta: "Você modela e
imita objetos, pessoas, tudo". A doceira, que agora aceita
encomendas apenas
para bolos falsos (com
base de isopor) e bonecos de pasta de açúcar,
também dá cursos.
Segundo as profissionais ouvidas, os clientes priorizam a
aparência. "A preocupação é
com a decoração. Não estão
muito aí para o bolo. Agora se
esquecemos um detalhe, o bolo
acabou. Mas, para mim, ter um
bolo gostoso é fundamental",
diz Daniella Jafet Ajaj, do Sucra
-°Ateliê de Açúcar.
Com dó de "estragar" o bolo,
há clientes que preferem guardá-lo a comê-lo. "Tem gente
que pergunta como faz para
conservar o presente", conta a
confeiteira Regina Emy.
Contudo, quando se decide
provar o bolo, a cobertura quase sempre é rejeitada. Mas essa
camada, diz Pati Piva, pode ser
feita também de marzipan (de
amêndoas) ou massa de chocolate. "São deliciosos, podem ser
modelados, e as pessoas comem com vontade."
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