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Crítica
Marlon Brando é marcante no irregular "Cartada Final"
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O que levaria Marlon Brando, o maior ator do cinema, a aceitar papéis esdrúxulos, em filmes idem? A falta de grana? Ou um autoflagelo diante da ladeira abaixo que foi sua vida pessoal nos seus últimos anos?
Talvez seja isso, conhecendo o gosto de Brando em levar seu corpo e imagem ao limite, mas é mais crível que ele soubesse o quanto estava acima de tudo, ou seja, fosse o único astro da história a contrariar a lógica natural que delega ao tino do diretor o resultado de um filme.
É difícil duvidar, por exemplo, que Elia Kazan não tenha sido o grande responsável pelo primor de "Viva Zapata!" (TC Cult, 16h05, 12 anos), mesmo com Marlon no papel de Emiliano Zapata.
Por outro lado, Brando aparece intacto, marcante e lindo em sua velhice e tonelagem, no irregular e esquecível longa "A Cartada Final" (TC Action, 17h25, 14 anos).
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