São Paulo, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2000


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"Brasil Barroco' foi vista por 80 mil

de Paris

Mais de 80 mil visitantes. A exposição Brasil Barroco - Entre Céu e Terra, que esteve em cartaz de 4 de novembro até o último domingo no Petit Palais, em Paris _e já  está  sendo cuidadosamente desmontada pelos funcionários especializados do museu_, "teve um bom resultado".
A avaliação é de Edouard Pommier, inspetor-geral dos museus da França e um dos curadores da mostra. Há duas maneiras de avaliar o resultado de uma exposição desse quilate em Paris. "Pela visitação e pela acolhida da imprensa e de especialistas», diz Pommier. No segundo quesito, o resultado reconfortante, garante Pommier.
A reação, tanto da imprensa quanto de especialistas acostumados a comparar eventos dessa natureza, ficou entre o maravilhamento e uma surpresa extremamente agradável. Tivemos resenhas elogiosas à montagem e ao conceito da exposição no "The New York Times' e no "Herald Tribune'", afirmou o curador. As duas últimas exposições do Petit Palais, Maroc - Le Trésor du Royaume" (de abril a julho de 99) e "Tiepolo" (de outubro de 98 a janeiro de 99), tiveram, respectivamente, 105.101 e 129.338 visitantes. Pommier possui algumas explicações para a diferença desses números em relação aos da mostra "Brasil Barroco".
Para ele, em primeiro lugar, a temporada de outono teve uma oferta muito rica: de Daumier, "O Fauvismo - Prova de Fogo", a "Matisse no Marrocos". "E o público parisiense é muito tradicional, rotineiro, a arte do in¡cio do século 20, o primitivismo, por exemplo, gera sempre grande frequência", explica Pommier.
O inspetor-geral dos museus da França afirma ainda que o objetivo da exposição era pedagógico e revelador.
Intenções
"Conhecemos muito mal o Brasil e a Am‚rica Latina, e mostrar para esse p£blico parisiense que não se pode compreender o barroco sem conhecer o barroco brasileiro é muito positivo para a cultura do francês." Pommier lembra que "Brasil Barroco - Entre Céu e Terra»" foi a maior exposição mundial do barroco brasileiro, com peças inéditas inclusive no Brasil, e uma reunião inédita do conjunto dos quatro pólos de produção: Minas Gerais, Recife, Bahia e as missões jesu¡ticas do sul do pa¡s.
Além disso, diz Pommier, é preciso reconhecer que o francês não está  acostumado a associar espontaneamente a palavra Brasil à arte barroca.
"Com a mostra, mais de 80 mil pessoas já fazem essa associação", conclui o curador.
(FÁTIMA GIGLIOTTI)


Lançamento do livro e v¡deo da mostra "Brasil Barroco - Entre Ceu e Terra" Onde: Paço Imperial, praça XV de Novembro, 48, Rio de Janeiro Quando: hoje, às 18h30 site: http://bresilbaroque.free.fr



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