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"Brasil Barroco' foi vista por 80 mil
de Paris
Mais de 80 mil visitantes. A exposição Brasil Barroco - Entre
Céu e Terra, que esteve em cartaz de 4 de novembro até o último domingo no Petit Palais, em Paris
_e já está sendo cuidadosamente desmontada pelos funcionários especializados do museu_, "teve
um bom resultado".
A avaliação é de Edouard Pommier, inspetor-geral dos museus
da França e um dos curadores da mostra.
Há duas maneiras de avaliar o
resultado de uma exposição desse
quilate em Paris. "Pela visitação e
pela acolhida da imprensa e de especialistas», diz Pommier. No segundo quesito, o resultado reconfortante, garante Pommier.
A reação, tanto da imprensa
quanto de especialistas acostumados a comparar eventos dessa
natureza, ficou entre o maravilhamento e uma surpresa extremamente agradável. Tivemos resenhas elogiosas à montagem e ao
conceito da exposição no "The
New York Times' e no "Herald
Tribune'", afirmou o curador.
As duas últimas exposições do
Petit Palais, Maroc - Le Trésor du
Royaume" (de abril a julho de 99)
e "Tiepolo" (de outubro de 98 a
janeiro de 99), tiveram, respectivamente, 105.101 e 129.338 visitantes. Pommier possui algumas
explicações para a diferença desses números em relação aos da
mostra "Brasil Barroco".
Para ele, em primeiro lugar, a
temporada de outono teve uma
oferta muito rica: de Daumier, "O
Fauvismo - Prova de Fogo", a
"Matisse no Marrocos". "E o público parisiense é muito tradicional, rotineiro, a arte do in¡cio do século 20, o primitivismo, por
exemplo, gera sempre grande frequência", explica Pommier.
O inspetor-geral dos museus da
França afirma ainda que o objetivo da exposição era pedagógico e
revelador.
Intenções
"Conhecemos muito mal o Brasil e a Am‚rica Latina, e mostrar
para esse p£blico parisiense que
não se pode compreender o barroco sem conhecer o barroco brasileiro é muito positivo para a cultura do francês."
Pommier lembra que "Brasil
Barroco - Entre Céu e Terra»" foi a
maior exposição mundial do barroco brasileiro, com peças inéditas inclusive no Brasil, e uma reunião inédita do conjunto dos quatro pólos de produção: Minas Gerais, Recife, Bahia e as missões jesu¡ticas do sul do pa¡s.
Além disso, diz Pommier, é preciso reconhecer que o francês não
está acostumado a associar espontaneamente a palavra Brasil à arte barroca.
"Com a mostra,
mais de 80 mil pessoas já fazem
essa associação", conclui o curador.
(FÁTIMA GIGLIOTTI)
Lançamento do livro e v¡deo da mostra "Brasil Barroco - Entre Ceu e Terra"
Onde: Paço Imperial, praça XV de Novembro, 48, Rio de Janeiro
Quando: hoje, às 18h30
site: http://bresilbaroque.free.fr
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