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Festival É Tudo Verdade anuncia programação
Festival de documentários presta homenagem ao diretor Linduarte Noronha
Evento, que chega a 12ª edição com a participação de 141 títulos, acontece a partir do próximo dia 22, em São Paulo, e no dia 23, no Rio
DA REPORTAGEM LOCAL
Um filme sobre Michael
Moore (o canadense "Fabricando Polêmica"); um documentário sobre o choque cultural entre trabalhadores chineses e alemães (o alemão "Perdedores e Ganhadores"); e o
vencedor do festival de Amsterdã ("O Mosteiro") são alguns
dos participantes da competição internacional do É Tudo
Verdade. O Festival Internacional de Documentários
anunciou a programação completa da sua 12ª edição.
O festival acontece em São
Paulo, a partir do próximo dia
22; no Rio, a partir do dia 23; e
em Brasília, Campinas e Porto
Alegre, em abril. Serão exibidos
141 títulos -entre longas e curtas- em seis salas paulistanas e
em cinco cariocas.
Nesta edição, os curtas-metragens passam a ter uma competição internacional. No total,
haverá duas competições internacionais (com 14 longas e dez
curtas) e duas competições
brasileiras (com sete longas/
médias e oito curtas) -o prêmio para o melhor documentário nacional da categoria longas
e médias é de R$ 100 mil.
Fora de competição, serão
exibidos "Acampamento de Jesus" e "Iraque em Fragmentos"
(que concorreram ao Oscar
deste ano), além de três retratos: "Anatoly Rybakov: A História Russa", sobre o escritor de
mesmo nome; "Você Vai Atuar
Esta Noite?", filme-ensaio que
enfoca o ator Erland Josephson; e "O Engenho de Zé Lins",
de Vladimir Carvalho, um perfil do escritor paraibano José
Lins do Rego (1901-1957).
Outro paraibano será homenageado pelo festival. Linduarte Noronha, diretor de "Aruanda" (1960), "O Cajueiro Nordestino" (1962) e "O Salário da
Morte" (1970). Há possibilidade de Noronha participar de
conversas em SP e no Rio.
"Ele influenciou todo mundo
do cinema novo. E foi catalisador de uma escola que produziu
gente como Vladimir Carvalho", diz Amir Labaki, diretor e
fundador do É Tudo Verdade.
Os três filmes do paraibano
estão na programação que inclui ainda um retrato dele realizado por Geraldo Sarno
("Aruanda Vista por Linduarte"), dois filmes que contextualizam a Paraíba em 1930, ano de
seu nascimento -"O Homem
de Areia" (de Vladimir Carvalho, 1981) e "Parahyba Mulher
Macho" (de Tizuka Yamasaki,
1983); além de dois curtas da
escola paraibana: "Os Romeiros da Guia" (de João Ramiro
Mello e Vladimir Carvalho,
1962) e "A Cabra da Região Semi-Árida: Capra Hircus" (de
Ruck Vieira, 1962).
Conferência
Durante o festival, em São
Paulo, haverá a 7ª Conferência
Internacional do Documentário. Com mesas-redondas e
uma mostra paralela de filmes.
Um dos destaques é o debate
"Filmando o Conflito Palestino-Israelense", que reúne a cineasta palestina Azza El-Hassan e o documentarista israelense Eyal Sivan.
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