São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 2008

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Com brasileiros e japoneses, MAM busca aproximar arte e arquitetura

DA REPORTAGEM LOCAL

Foi depois do mesmo terremoto que poupou a igreja de Shigeru Ban que a curadora japonesa Yuko Hasegawa se interessou por ele. "Fiquei pensando em como um arquiteto pode contribuir para a vida das pessoas", conta a responsável pela mostra que o MAM abre hoje.
Seguindo o raciocínio de que não há fronteira entre arquitetura e arte, Hasegawa traz a São Paulo os projetos de Ban, do grupo Sanaa e do brasileiro Ruy Ohtake, todos comparados a obras de arte -são 21 artistas brasileiros e 18 japoneses.
"Quando um arquiteto cria algo, caminha para o limite de um conceito, a idéia é transformar a mente das pessoas, como fazem os artistas", opina. Em frente ao arco de Ban, estão fotos do projeto de Ohtake na favela de Heliópolis, onde convidou moradores a pintar os barracos com cores vivas.
A idéia de sugar do cotidiano o material para a produção artística vai além da favela. Marepe reaproveita decorações natalinas para criar seres fantásticos, enquanto os japoneses do coletivo Chim Pom empalham e pintam ratos de esgoto numa sátira a ícones pop do Japão.
Os "Parangolés" de Hélio Oiticica fazem paralelo com a obra do japonês Kiichiro Adachi: o que parece ser uma cabine telefônica é equipado com um globo espelhado e um fone de ouvido. Visitantes poderão dançar lá dentro, num embalo autista, assim como o samba serve de trilha sonora para a proposta de Oiticica.
Um núcleo de moda reúne ainda projetos de Jum Nakao e Issey Myiake. (SM)

QUANDO VIDAS SE TORNAM FORMAS
Quando:
abertura hoje, às 20h; de ter. a dom., das 10h às 18h; até 22/6
Onde: MAM-SP (pq. Ibirapuera, av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3, tel. 0/xx/11/5085-1300)
Quanto: R$ 5,50


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