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Com brasileiros e japoneses, MAM busca aproximar arte e arquitetura
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi depois do mesmo terremoto que poupou a igreja de
Shigeru Ban que a curadora japonesa Yuko Hasegawa se interessou por ele. "Fiquei pensando em como um arquiteto pode
contribuir para a vida das pessoas", conta a responsável pela
mostra que o MAM abre hoje.
Seguindo o raciocínio de que
não há fronteira entre arquitetura e arte, Hasegawa traz a São
Paulo os projetos de Ban, do
grupo Sanaa e do brasileiro Ruy
Ohtake, todos comparados a
obras de arte -são 21 artistas
brasileiros e 18 japoneses.
"Quando um arquiteto cria
algo, caminha para o limite de
um conceito, a idéia é transformar a mente das pessoas, como
fazem os artistas", opina. Em
frente ao arco de Ban, estão fotos do projeto de Ohtake na favela de Heliópolis, onde convidou moradores a pintar os barracos com cores vivas.
A idéia de sugar do cotidiano
o material para a produção artística vai além da favela. Marepe reaproveita decorações natalinas para criar seres fantásticos, enquanto os japoneses do
coletivo Chim Pom empalham
e pintam ratos de esgoto numa
sátira a ícones pop do Japão.
Os "Parangolés" de Hélio Oiticica fazem paralelo com a
obra do japonês Kiichiro Adachi: o que parece ser uma cabine telefônica é equipado com
um globo espelhado e um fone
de ouvido. Visitantes poderão
dançar lá dentro, num embalo
autista, assim como o samba
serve de trilha sonora para a
proposta de Oiticica.
Um núcleo de moda reúne
ainda projetos de Jum Nakao e
Issey Myiake.
(SM)
QUANDO VIDAS SE TORNAM FORMAS
Quando: abertura hoje, às 20h; de
ter. a dom., das 10h às 18h; até 22/6
Onde: MAM-SP (pq. Ibirapuera, av.
Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão
3, tel. 0/xx/11/5085-1300)
Quanto: R$ 5,50
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