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Joyce comemora 40 anos de carreira com convidados
DA REPORTAGEM LOCAL
Para comemorar seus 40
anos de carreira, Joyce queria
editar em 2008 um livro com
partituras de 70 músicas suas.
Enfim, um cancioneiro, como
se dizia. "Em português moderno, é songbook", lembra.
Sem conseguir patrocínio,
resolveu fazer o que chama de
"cancioneiro ao vivo". A série
de shows vai de hoje ao dia 20,
no teatro Fecap, com convidados todas as noites: Francis Hime (hoje), as filhas Clara Moreno e Ana Martins, Dori Caymmi, João Donato, Leila Pinheiro, Zé Renato, Roberto Menescal, Mônica Salmaso e Zélia
Duncan. No próximo domingo,
será gravado um DVD.
"Eles cantarão músicas estalando de novas. Não queria que
ficasse algo voltado para o passado", afirma Joyce, 60.
Há um recuo ao início da carreira com "Me Disseram" e
"Não Muda, Não", músicas de
seu disco de estréia (de 1968). A
primeira lhe rendeu uma vaia
no 2º Festival Internacional da
Canção; a segunda, acusações
de vulgaridade. Letras tratando
de mulheres independentes
ainda não caíam bem.
"68 demorou a chegar aqui.
Vinicius [de Moraes] dizia que
eu era feminista, e eu nem sabia
o que era isso. Para me elogiar,
diziam que eu compunha e tocava como homem", conta ela.
A situação já era outra em
1980, quando lançou o disco
"Feminina", com os sucessos
"Essa Mulher", "Mistérios",
"Clareana" e "Da Cor Brasileira". Eles estarão no show, no
qual Joyce terá ao lado apenas
Lula Galvão (violão e guitarra),
Rodolfo Stroeter (baixo) e
Tutty Moreno (bateria).
"O mínimo é o máximo",
brinca ela, cujas músicas são
hits em pistas européias graças
a remixes de DJs. "Eu libero tudo, mas digo para eles: "Faça você, não me convide". Não vejo
graça nesse negócio de pop."
JOYCE
Quando: de hoje a 20/4 (qui. a sáb., às
21h; dom., às 19h)
Onde: teatro Fecap (av. Liberdade,
532; tel. 0/xx/11/3188-4149)
Quanto: de R$ 5 a R$ 40
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