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Baby, Moraes, Paulinho e Pepeu tocam em lançamento de livro
Novos Baianos se reúnem
para homenagear Galvão
da Redação
Mais uma vez, os Novos Baianos estiveram reunidos no palco. Foi anteontem à noite, agora
para homenagear o ex-companheiro Luiz Galvão -que lançava seu livro de memórias "Anos
70 - Novos e Baianos".
A linha de frente esteve toda lá:
Moraes Moreira cantou "Acabou Chorare", Baby do Brasil
cantou "A Menina Dança",
Paulinho Boca de Cantor cantou
"Swing de Campo Grande",
Pepeu Gomes fez solo de guitarra em "Um Bilhete pra Didi".
Galvão, enquanto isso, só dançava. Como foi o poeta do grupo, não tinha muito a fazer no
show. Antes da entrada do velho
grupo, no entanto, ele apresentou sua nova banda, ainda sem
nome oficial.
Constituído quase só de jovens, o conjunto deu aula de
amadorismo. Cada músico foi
para um lado, o samba-rock inventado pelos NB se confundiu
com o reggae-gafieira do Skank,
Galvão declamou perdido como
cego em tiroteio.
Tudo parecia improvisado, o
que até poderia ser uma desculpa. Mas logo em seguida os velhos baianos entraram para
apresentação tão confusa quanto -e desta vez a bagunça até
funcionou, como por inércia.
Baby deu show de voz e empatia; Pepeu deu lição de virtuose à
guitarra; Moraes, macaco velho,
deu show de profissionalismo.
No mais, foram muitos tropeços. Paulinho Boca, talvez nervoso, errou as letras; o convidado Arnaldo Antunes injetou raiva gratuita nos NB, gritando a
antes cândida "Mistério do Planeta"; Chico César, convidado a
subir, vagou a esmo por um palco já entulhado de gente.
E, já no final, Moraes confirmou a tensão que parecia pairar
dando uma de mandão e inserindo sucessos do seu repertório
particular no final do show.
Muito se tem falado da volta
do velho conjunto, e isso anteontem pareceu estar resultando em pressão sobre suas cabeças. Talvez já não seja tempo de
ser assim.
(PAS)
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