São Paulo, segunda-feira, 10 de maio de 2010

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Crítica

Kubrick cria barreiras em "Barry Lyndon"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Há filmes que, quando vê, o espectador tem vontade de "fazer igual", isto é, fazer filme. Há outros que, ao contrário, inibem, desanimam.
Dessa segunda categoria, costumam fazer parte os longas do diretor Stanley Kubrick, como "Barry Lyndon" (TCM, 0h; 12 anos). São empreitadas ambiciosas pelo lado intelectual e enormes pelo material.
Aqui, o relato das aventuras do malandro Barry Lyndon vem guarnecido do uso audaz do "steady cam" acompanhando o avanço de um exército com a câmera junto a um terreno irregular e sem trepidações.
Mais espetacular ainda é o uso de lentes especiais para que o filme pudesse ser iluminado à luz de velas. Mais espetacular ou mais maneirista?
De todo modo, Stanley Kubrick, às vezes, nos afasta um pouco de seu objeto, como se entre ele e nós se interpusesse a arte.
Nisso, é diferente do diretor Paul Verhoeven, que, mesmo num filme cheio de efeitos, como "Tropas Estelares" (Max Prime, 16h; 12 anos), de 1997, traz algo do cinema plebeu das origens.


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