São Paulo, domingo, 10 de julho de 2005

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MÔNICA BERGAMO

Galeria Lagardère

Alain Azambuja
Vestido de musseline marinho, Chanel, com bordados de prata, usado no Baile da Rosa, em Mônaco


Há alguns meses, a brasileira Bethy Lagardère, ou Madame Lagardère, como é conhecida entre os franceses, descobriu que Jean Louis Dumas-Hermès, presidente da Hermès, homenagearia o Peru no "Prix de Diane-Hermès", no hipódromo de Chantilly.
Madame Lagardère ficou inconformada: o evento é um dos mais glamourosos da França. E ela cismou que as homenagens deveriam ser feitas ao Brasil. Passou a mão no telefone e ligou para seu amigo Jean Louis. "Interferi dizendo que aquilo não tinha razão de ser. O Brasil tinha que estar presente no evento", contou ela à coluna.
No grande dia, 12 de junho, Bethy chegou ao hipódromo de helicóptero. Ao encontrá-la, o presidente da Hermès dobrou os joelhos e beijou sua mão. Estava realizado o desejo de Bethy: o Brasil era homenageado em Chantilly, até com cavalos trazidos de Pirenópolis (GO).

Dias antes, o prefeito de Paris, Bertrand Delanoë, abriu uma exposição de Franz Krajcberg na cidade. Falou dos encantos das artes brasileiras. "Afinal, eu não posso falar só da Bethy", brincou em seu discurso.
Viúva e herdeira de Jean-Luc Lagardère, que, com patrimônio estimado em R$ 1,1 bilhão, foi um dos empresários mais ricos e poderosos da França (o grupo Lagardère tem faturamento anual de R$ 35 bilhões, 43 mil funcionários e é o maior acionista individual da Airbus), Bethy tem sido uma das estrelas do Ano do Brasil na França.
Amiga de dezenas de autoridades francesas, incluindo o casal Chirac, e de personalidades como Alain Delon, Mick Jagger e Gérard Depardieu, ela é considerada uma espécie de embaixadora do Brasil na França.

A "Harper's Bazaar" já colocou Bethy na lista das mais elegantes do mundo. E revelou que a brasileira é capaz de gastar US$ 30 mil num vestido. Sua coleção de vestidos de alta costura é tão festejada que a célebre galeria Lafayette chegou a montar uma exposição com alguns deles [ver fotos ao lado]. Por ocasião do ano do Brasil na França, a galeria resolveu homenagear Bethy, apresentada como "alta figura da vida parisiense" e "a mais parisiense das brasileiras".

bergamo@folhasp.com.br
COM JOÃO LUIZ VIEIRA E DANIEL BERGAMASCO

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