São Paulo, sexta, 10 de julho de 1998

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Mostra traz o melhor do pintor

ANNA LEE
da Sucursal do Rio

Existem Boteros em muitos dos grandes museus do mundo. Mas o maior colecionador de Botero é o próprio artista colombiano.
Ele diz que gosta de guardar suas obras-tem mais de 200- porque isso lhe dá uma grande liberdade para fazer exposições.
Os principais aspectos da obra do artista, entre 1949 e 1997, estarão representados na exposição do Museu Nacional de Belas-Artes.
A influência recebida dos muralistas mexicanos é mostrada em "Mulher Chorando" (1949).
Entre as naturezas mortas, destacam-se "Laranjas" (1989) e "Natureza Morta com Le Journal", também de 1989.
As famílias tipicamente latino-americanas estão retratadas em "Casa de Amando Ramirez" (1988), entre outros.
Ainda é destaque da mostra o quadro "Mona Lisa"(1977), no qual não houve intenção de homenagear Leonardo da Vinci.
"Simplesmente pintava uma figura feminina e, quando terminei o quadro, perguntei a uma mulher modesta que varria o meu ateliê a quem lhe lembrava. Ela disse: "a Mona Lisa'. Então acentuei o sorriso, e nasceu o tema", explica Botero no catálogo da exposição.
Para cumprir o desejo do artista de que sua arte "seja vista também por quem não vai a museus", três esculturas monumentais serão expostas na rua.
Duas delas na calçada do MNBA: "Soldado Romano" (1985), que pesa 1,2 tonelada, na avenida Rio Branco, e "Mulher Reclinada" (1984), com 1 tonelada, na rua Araújo Porto Alegre. "Mão Esquerda" (1992), com 800 kg, vai ser exibida no centro cultural da Universidade Estácio de Sá, na Barra da Tijuca.



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