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Crítica
"Tubarão" faz uso adequado da tecnologia
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Em "Tubarão" (AXN, 22h),
três homens dedicam-se a caçar o monstro que assola uma
praia de turismo. Um deles é
um velho lobo-do-mar, que se
lança contra o animal com a
paixão obsessiva de quem persegue uma Moby Dick. O jovem
oceanógrafo agita as armas do
saber. Sua frieza vem da convicção de que só o conhecimento científico pode derrotar o
animal. O terceiro homem é o
xerife, que representa o bom
senso.
Com esses três homens,
Spielberg montou seu jogo, que
consiste, nesse momento de
sua carreira (anos 70), na busca
da tecnologia "justa" (assim como existia na política a "linha
justa"), ou seja, aquela que permite sobreviver.
Tubarões devem ser monstros marinhos especiais. Já
mereceram filmes de Hawks,
Fuller, Spielberg, entre outros.
Até hoje o de Spielberg me parece seu melhor filme.
Para ver antes: "Mogambo"
(Turner Classic Movies,
18h30), um John Ford com Ava
Gardner, Grace Kelly e Clark
Gable.
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