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PELO BRASIL
Museu ganha projeto de conservação na BA
da Agência Folha, em Salvador
O Museu de Arte Sacra da Bahia
receberá uma equipe do Instituto
Getty de Conservação, dos EUA,
para realizar de hoje a 21 de agosto
um projeto piloto de conservação
do acervo. O instituto é ligado à
Fundação Getty, de Los Angeles.
O projeto tem origem em estudos do instituto Getty evidenciando que as condições para conservar bens culturais em climas tropicais diferem das prescritas para
climas temperados.
Nas duas semanas de trabalho,
serão analisadas em detalhes as
condições do ambiente do museu
e da organização de seu espaço. Os
dados serão a base para a elaboração de um projeto de conservação
do acervo e a metodologia será
posteriormente colocada à disposição dos interessados.
O projeto acontece algumas semanas depois da reabertura do
museu, que ficou cinco meses em
reforma. Ele reabriu expondo 400
obras dos séculos 18 e 19 recém-adquiridas.
Obtidas por comodato assinado
com irmandades religiosas de Salvador, as novas obras passam a integrar o acervo permanente do
museu, com 1.350 peças dos séculos 16 a 19, incluindo mobiliário,
esculturas e telas.
Localizado na rua do Sodré (centro histórico), em uma área de
6.200 m2, o museu é considerado
o mais importante da América Latina em obras sacras. "O museu
apresenta a maior variedade de
obras sacras da América Latina.
Nenhum outro tem um conjunto
de peças tão valiosas de quatro séculos diferentes", disse o diretor
do museu, Eugênio Ávila Lins.
Construído no século 17 como
Convento de Santa Teresa, o prédio tem formação arquitetônica
surgida entre o renascimento e o
barroco. "Não há nada semelhante no Brasil", disse Lins.
O museu foi fundado em 1959
para abrigar uma coleção de telas,
móveis e esculturas feitas em madeira, porcelana, barro, ouro, prata e outros materiais.
Com a reforma iniciada em dezembro de 1997, o Museu de Arte
Sacra da Bahia reabriu quatro salões que estavam sem condições
de uso e ganhou duas novas salas
para exposições temporárias.
A reforma também compreendeu a troca do forro, do sistema
elétrico e da iluminação do museu.
Avaliados em R$ 500 mil, os trabalhos foram patrocinados pela Siemens do Brasil, com apoio da
Fundação Vitae.
A Siemens também foi a responsável pela reforma da parte elétrica
e do sistema de iluminação do
Museu de Arte Sacra de São Paulo.
"O projeto envolveu a instalação de 589 lâmpadas especiais,
mais econômicas e adequadas à
iluminação e preservação de objetos antigos", disse o presidente da
Siemens, Hermann Wever.
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