JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Além da origem francesa, as vidas de Jean Pierre Thibaud e Jacques de Montalembert têm vários pontos em comum. Os dois desembarcaram na Argentina para trabalhar como executivos na indústria vinícola, ocupando cargos na mesma companhia, a Chandon.
No fim dos anos 90, eles uniram forças e criaram sua própria adega, a Ruca Malen, que estreou na safra de 1999.
Thibaud lançou a vinícola em São Paulo há cerca de quatro anos. Seus goles, na época um tanto diluídos, sem fruta nem força, não impressionaram. Os Ruca Malen foram relançados recentemente na cidade pela sua nova importadora, a Hannover. Houve novidades também na vinícola: etiquetas modernas vestindo as garrafas e, mais importante ainda, vinhos mais densos e saborosos dentro delas. Entre os tintos, apresentados no evento pelo (também novo) enólogo da casa, Pablo Cúneo (ex-Terrazas, portanto outro oriundo da Chandon), menção para o Cabernet Sauvignon 2006, unindo cassis e caramelo num paladar redondo (87/100, R$ 54).
Melhores ainda (com mais acidez) dois 2007, um syrah complexo (frutas vermelhas, baunilha, couro, torrefação) e um petit verdot rico, mostrando fruta e tons florais e de chocolate embrulhados numa textura sedosa (ambos 89/100, R$ 76, na Hannover, tel. 0/xx/11/2638-0881).

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