São Paulo, domingo, 10 de outubro de 2010

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"Woodstock" de Itu começa sem lama e com confusão

Show do Rage Against the Machine foi interrompido por quatro vezes até às 23h30

PM revistava cada um e houve muita espera na entrada da fazenda do evento; estrada teve congestionamento

ENVIADOS ESPECIAIS A ITU
DE ITU

Com várias interrupções, o show do Rage Against the Machine fechou a noite de ontem do festival SWU realizado na fazenda Maeda, em Itu (SP), que vai até a próxima segunda com 74 atrações. Fãs interromperam por três vezes a apresentação. Na primeira vez a produção do festival avisou havia parado para reconstruir as barricadas danificadas pelo público.
Às 23h30, o show foi interrompido pela quarta vez e voltou em seguida.
A "volta" dos Los Hermanos foi a maior atração nacional do primeiro dia. Até as 21h, o festival havia recebido 47 mil pessoas.
Marcelo Camelo e companhia subiram ao palco por volta das 19h40 de ontem e encararam uma multidão, que ajudou a banda a superar a má qualidade do som, muito baixo, entoando as letras das canções do grupo.

OUTROS SHOWS
A dupla Brothers of Brazil, de Supla e João Suplicy, abriu a programação do palco Água, às 15h45. Em seguida, no palco Oi, Mallu Magalhães apresentou parte do repertório autoral de seu segundo disco. Tocou também, sozinha, ao violão e gaita, um clássico de Billie Holiday.
Os Mutantes começaram o show tocando "Vida de Cachorro", canção do álbum "Mutantes e seus Cometas no País do Baurets", que não apresentavam desde o lançamento em 1972. "Nós esperamos 40 anos por um festival como este", disse Sergio Dias, líder da banda.
Na tenda Heineken-Greenpeace, o duo canadense MSTRKRFT lotou a pista sob um grande globo em que eram projetadas animações, seguido pelo duo de Los Angeles, Crystal Method.
Na tenda Oi, a banda de rock indie-espacial Apples in Stereo tocou para um público reduzido, mas foi uma das mais animadas da noite.
O grupo americano homenageou os Mutantes, que, nas palavras do vocalista Robert Schneider "é uma das melhores bandas de todos os tempos e de todo o espaço".

POEIRA
A chuva que caiu na saída de São Paulo, na rodovia Castelo Branco, não chegou à fazenda Maeda.
Houve congestionamento nos pedágios e confusão nos acessos ao local do evento.
Imersa em uma nuvem vermelha de poeira, parte do público teve de caminhar cerca de 1,5 km por uma estrada de terra para chegar às bilheterias.
Ali, encontravam filas enormes já que cada pessoa foi revistada com rigor pela Polícia Militar.
Apesar da filosofia sustentável do SWU, a entrada do festival estava repleta de latas, garrafas e sacos plásticos. Do lado de dentro dos portões, os latões de lixo não davam conta da sujeira produzida pelo público.
(MARCUS PRETO, IVAN FINOTTI, FERNANDA MENA e IURI DE CASTRO TÔRRES)


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