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Valorização do espaço público domina Bienal de Arquitetura
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma arquitetura para todos,
que valoriza os espaços públicos e as práticas sustentáveis e
que critica o consumismo e a
especulação imobiliária. Grande parte dos projetos aderiu
dessa forma ao tema "O Público
e o Privado", da 7ª Bienal Internacional de Arquitetura de São
Paulo, que é aberta hoje para
convidados, às 18h.
Contando com nomes internacionais de peso, como o norte-americano Steven Holl e o
espanhol Joan Busquets, além
de salas especiais dedicadas aos
brasileiros Niemeyer e Paulo
Mendes da Rocha, a exposição
tem curadoria coordenada por
José Magalhães Júnior. Cerca
de 1.200 projetos são exibidos.
O setor das representações
nacionais é um dos segmentos
que mais se guiou pelo tema da
mostra. Áustria, Alemanha,
França e Portugal são alguns
dos pontos altos da seção.
"É um tema muito apropriado, que se refere à qualificação
do território e das cidades",
afirma Nuno Grande, um dos
curadores da sala portuguesa,
que destaca projetos como uma
estação de metrô no Porto, de
Eduardo Souto de Moura.
"Hoje o público tem uma
predileção por espaços privados, como shoppings, pela
preocupação com a segurança,
por exemplo. A estação de Souto difere disso, se encontra integrada ao centro histórico e
criou uma nova centralidade."
Um dos curadores da participação francesa, Rafael Maugrou, diz que os projetos apresentados se concentram principalmente em equipamentos
culturais, como museus e teatros. "É um tipo de síntese do
tema desta Bienal. Mostrar os
projetos em transparências e
em um espaço aberto também
se relaciona com o que está sendo discutido", avalia ele.
A curadora da seção suíça, Lilli Hollein, escolheu o coletivo
feld72, que expõe seus projetos
de requalificação urbana em
camisetas usadas por manequins. "A fronteira entre o espaço comercial e o espaço público está, cada vez mais, se
mesclando", escreve ela na
apresentação da sala.
Entre os brasileiros, o catarinense Roberto Simon explica
que privilegiou projetos "de várias escalas, de um café a um
hospital, com práticas sustentáveis, como a reutilização da
água, o uso racional da luz e a
minimização do desperdício na
construção".
(MARIO GIOIA)
7ª BIENAL INTERNACIONAL DE
ARQUITETURA DE SÃO PAULO
Quando: abertura hoje, às 18h (convidados); ter. a qui., das 12h às 22h; sex.,
sáb. e dom., das 10h às 22h; até 16/12
Onde: Pavilhão da Bienal (parque Ibirapuera, portão 3, tel. 0/xx/11/3259-6866 e 0/xx/11/5576-7645)
Quanto: R$ 12
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