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CINEMA
Quarta edição do É Tudo Verdade divulga documentários brasileiros em competição
Festival põe vídeo e filme em disputa
da Reportagem Local
A quarta edição do É Tudo Verdade - Festival Internacional de
Documentários resolveu unir em
competição os trabalhos produzidos em filme e em vídeo.
"No Brasil, o documentário é
produzido nos dois suportes. Antes, exibíamos vídeos apenas fora
da competição. Mas, por causa da
qualidade e da quantidade de vídeos brasileiros, resolvemos abrir
a competição", afirma o diretor do
festival, Amir Labaki, que é também articulista da Folha.
O evento, que acontece no mês
que vem, divulgou ontem os 15 títulos brasileiros selecionados para
sua competição brasileira.
A abertura deu trabalho para a
direção do festival. Se antes as inscrições giravam em torno de 15 filmes, neste ano alcançaram nada
menos que 130 filmes e vídeos concorrentes.
A seleção inclui filmes já premiados em outros festivais, como "Cabo Polonio, entre o Céu e o Mar",
de Gabriel Varalla, "Histórias de
Avá - O Povo Invisível", de Bernardo Palmeiro, e "Simião Martiniano, o Camelô do Cinema", de Clara
Angélica e Hilton Lacerda.
Considerando-se o circuito internacional dos festivais de documentários, há pelo menos uma escolha inusitada: um videoclipe. O
responsável pela façanha foi Maurício Eça, diretor de "Diário de um
Detento", clipe dos Racionais
MC's filmado na Casa de Detenção
de São Paulo.
Além de obras de cunho experimental, a seleção traz realizações
de produtoras estabelecidas no
mercado, como as cariocas Conspiração ("Pierre Verger - Mensageiro entre Dois Mundos" e "Paralamas em Close-Up") e Videofilmes ("Futebol - Parte 1"). Há ainda
a produtora paulista Grifa Cinematográfica ("Confidências do Rio
das Mortes", inédito).
A competição traz também trabalhos de veteranos documentaristas, como o paulista Mário Kuperman, diretor de mais de 80 filmes, ao lado de jovens revelações
como a dupla pernambucana Clara Angélica e Hilton Lacerda.
O É Tudo Verdade acontece entre 9 e 18 de abril, simultaneamente
em São Paulo (Estação Vitrine,
Museu da Imagem e do Som, Itaú
Cultural e Centro Cultural São
Paulo) e no Rio de Janeiro (Centro
Cultural Banco do Brasil).
Organizado pela Associação Cultural Kinoforum, o festival É Tudo
Verdade premiou como melhor
filme brasileiro em 1998 "Geraldo
Filme", de Carlos Cortez, e, em
1997, "O Velho, a História de Luiz
Carlos Prestes", dirigido por Toni
Venturi.
Eduardo Giannetti pára de escrever regularmente para a Folha a partir de hoje; o colunista interrompe a colaboração a seu próprio pedido.
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