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Cantor alega dor nas costas para chegar atrasado ao depoimento da suposta vítima; juiz ameaçou prendê-lo
Jackson me masturbou, afirma acusador
DA REDAÇÃO
O cantor Michael Jackson foi
ameaçado de prisão ontem, no
dia em que seu acusador, um garoto de 15 anos que diz ter sido
molestado sexualmente pelo astro, prestou a segunda parte de
seu depoimento e afirmou que o
cantor havia lhe servido bebidas
alcoólicas, além de descrever as
duas vezes em que o cantor o teria
masturbado, em Neverland.
Alegando dor nas costas, Jackson atrasou sua chegada ao tribunal em mais de uma hora, o que
levou o juiz do caso, Rodney S.
Melville, a emitir ordem de prisão
contra o cantor. O advogado de
defesa interveio, informando ao
juiz o estado de saúde de seu
cliente e ganhando uma hora para
trazer Jackson à corte -o cantor
fora levado a um hospital. Pouco
após o fim do prazo, Jackson entrou no prédio, andando com cuidado e vestindo um paletó e a calça de um pijama azul. Melville desistiu da punição.
O cantor viu então seu acusador
falar sobre a relação entre eles e
sobre o documentário "Vivendo
com Michael Jackson", em que
aparecem de mãos dadas.
Interrogado pelo promotor
Tom Sneddon, o garoto disse que
foi molestado por Jackson em
duas ocasiões, quando estava deitado na cama do cantor. Murmurando em alguns momentos do
depoimento, o garoto disse que
Jackson o tocou pela primeira vez
embaixo das cobertas, após eles
terem bebido vinho, vodca e uísque na sala de jogos de Neverland.
O molestamento começou com
uma conversa sobre masturbação, segundo o garoto.
De acordo com o acusador, o astro lhe disse que "se os homens
não se masturbam, eles podem
chegar a um nível em que podem
até estuprar uma mulher". O menino afirmou ter dito a Jackson
que não se masturbava, ao que o
cantor teria respondido dizendo
que poderia fazê-lo para o garoto,
se ele não soubesse como fazer.
Foi então que Jackson o teria
masturbado, embaixo das cobertas. O menino disse que estava
vestindo o pijama do cantor.
O segundo molestamento teria
acontecido "cerca de um dia depois". Jackson também teria pego
a mão da suposta vítima e tentado
colocar em seu pênis, segundo o
garoto, que afirmou ter resistido.
O garoto disse que ejaculou em
ambas as ocasiões e que se sentiu
envergonhado, mas que o cantor
tentou consolá-lo. A defesa de
Jackson já havia dito, em sua
apresentação de abertura ao júri,
que a polícia não encontrou DNA
do garoto no quarto do cantor.
O advogado do astro, Thomas
Mesereau Jr., acusou o menino de
ter inventado a história sobre os
molestamentos após um encontro com um advogado.
O testemunho do garoto entrou
em mais contradições com o depoimento de seu irmão caçula
-anteriormente, este e a irmã,
que testemunharam durante a semana, haviam discordado quanto
à data em que a suposta vítima
dormiu no quarto de Jackson.
O irmão do acusador afirmou
ter visto Jackson masturbar o garoto, mas disse que ambos estavam apenas de cuecas e seu irmão
estava dormindo. O caçula também havia dito que seu irmão estava em cima das cobertas.
Os depoimentos também diferem em relação a um relógio que
Jackson deu à suposta vítima. O
acusador afirmou que o cantor
nunca lhe pediu o relógio de volta
e que ele o repassou a um advogado, Larry Feldman, que representou sua família logo após eles terem saído de Neverland -ocasião em que, segundo a defesa, o
garoto inventou a história de molestamento sexual.
Seu irmão caçula havia dito ao
júri que um empregado de Jackson havia contatado a família e
pedido o relógio de volta.
Com agências internacionais
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