São Paulo, quarta-feira, 11 de abril de 2001

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LITERATURA
Vencedores dos prêmios de Melhor Livro do Ano serão divulgados pela Câmara Brasileira do Livro dia 19

CBL anuncia os ganhadores do Prêmio Jabuti 2001

DA REPORTAGEM LOCAL

O que é melhor? A saga familiar amazonense de "Dois Irmãos" ou o tráfico dos morros cariocas de "Inferno"? Os contos de "Invenção e Memória" ou os poemas de "O Rumor da Noite"?
Os autores dos livros acima -respectivamente, Milton Hatoum, Patricia Melo, Lygia Fagundes Telles e Lêdo Ivo- estão entre os vencedores do Prêmio Jabuti 2001, anunciados ontem pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), em São Paulo.
Eles concorrem, com mais oito títulos, aos dois prêmios de R$ 12 mil dados aos melhores livros do ano (ficção e não-ficção).
Cada um dos nomeados ontem (veja quadro abaixo), nas 16 categorias da premiação, já é um vencedor e levará a estatueta do jabuti em 19 de maio, durante a Bienal do Livro do Rio.
Na entrega do prêmio, a CBL dirá quais autores -um de cada lista tríplice- receberão, além da estatueta, R$ 1.000 (para cada categoria). Ainda na ocasião, serão anunciados os vencedores nas duas disputas de melhor livro.
Nomes consagrados como Luis Fernando Verissimo (que era finalista entre os romancistas por "Borges e os Orangotangos Eternos") e o do poeta Manoel de Barros (que fora indicado por "Ensaios Fotográficos") ficaram de fora da premiação final.
A autora Patricia Melo registrou espanto. "Nunca tinha ganho um prêmio no Brasil. Já fui premiada na França, na Alemanha. Eu me sinto completamente em boa companhia. Admiro tanto o Milton Hatoum quanto o Domingos Pellegrini. Vai ser páreo duro."
E o que acharia de ganhar o prêmio máximo? "Nossa, tem esse? Nem sabia!", se admira a autora de "Inferno".

Outros prêmios
O patrocinador do concurso, o site Submarino, promove ainda uma votação virtual para Livro do Ano. O voto desse júri popular -que existe desde a edição passada do prêmio instituído em 1958- não interfere, porém, na premiação principal, decidida por jurados do mercado editorial. Para votar, os internautas devem acessar o site (www.submarino. com.br) e escolher seus preferidos entre os listados.
Em 2000, os vencedores na categoria ficção foram o gaúcho Menalton Braff (júri da CBL), com "À Sombra do Cipreste", e Carlos Heitor Cony, com "Romance sem Palavras" (entre os votantes virtuais). Drauzio Varella levou o de não-ficção tanto na seleção tradicional como na da internet, por "Estação Carandiru".
Além dos prêmios autorais, outros participantes do processo editorial (tradutores, capistas e produtores gráficos) concorrem em categorias do Jabuti.
No concurso, a CBL também confere os prêmios Amigo do Livro e Autor Revelação.
(FRANCESCA ANGIOLILLO)


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